Divulgação/Polícia Civil
Divulgação/Polícia Civil

Um adolescente de 15 anos matou o próprio pai, de 60 anos, na noite desta quinta-feira (18), no município de Nilópolis, na Baixada Fluminense do Rio de Janeiro. O jovem alegou à polícia que agiu em legítima defesa, após sofrer novas agressões durante uma discussão dentro de casa.

O caso aconteceu por volta das 21h, na Rua João de Castro, no bairro de Cabuis, segundo informações da Polícia Militar.


Adolescente acionou polícia e serviços de emergência após o ocorrido

De acordo com os policiais que atenderam a ocorrência, o próprio adolescente entrou em contato com a Polícia Militar, o Corpo de Bombeiros e o Samu logo após o episódio. O pai, identificado como José Glaucio dos Santos, não resistiu aos ferimentos e morreu no local.

O corpo foi encaminhado ao Instituto Médico-Legal (IML) de Nova Iguaçu.


Jovem relata histórico de agressões e ameaças de morte

Segundo a prévia da ocorrência da PM, o adolescente afirmou que sofria agressões constantes por parte do pai e que, durante a briga desta quinta-feira, teria sido ameaçado de morte. Ele não negou o ocorrido e sustentou, desde o primeiro momento, a versão de legítima defesa.

Após o episódio, o jovem também entrou em contato com a mãe, relatando que, desta vez, reagiu às agressões, diferentemente de episódios anteriores.


Vizinhos relatam violência recorrente desde a infância

Moradores da região relataram ao programa Balanço Geral, da Record, que o adolescente era vítima de violência doméstica desde a infância. Segundo os vizinhos, o pai exercia controle rígido sobre a rotina do filho, restringindo saídas de casa e convivência social.

Ainda de acordo com esses relatos, episódios de agressão eram frequentes, e o homem teria feito ameaças de morte ao adolescente em ocasiões anteriores. Dias antes do crime, o jovem teria sido agredido com um objeto de madeira após sair de casa sem autorização, segundo testemunhas.


Polícia investiga circunstâncias e histórico de violência

O caso foi registrado na Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF), que ficará responsável pela investigação. A polícia informou que irá analisar depoimentos, laudos periciais e outros elementos para esclarecer as circunstâncias da morte e verificar a veracidade da versão apresentada pelo adolescente, bem como o histórico de violência familiar relatado por testemunhas.

Até o momento, não foram divulgadas informações sobre eventuais medidas judiciais envolvendo o menor. O adolescente segue à disposição das autoridades competentes, conforme prevê o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).