
O início do ano costuma provocar uma pausa necessária para olhar adiante, revisar prioridades e compreender como pequenas escolhas constroem resultados duradouros. Esse movimento amplia o interesse pela previdência privada, tema que ainda gera dúvidas entre os iniciantes, mas que faz parte de um conjunto de ferramentas que ajudam a estruturar o planejamento no longo prazo.
“A previdência privada é um investimento voltado para a formação de renda futura. Funciona como um programa de acúmulo de patrimônio onde o participante realiza aportes regulares ou esporádicos, permitindo que o saldo cresça ao longo dos anos e seja resgatado de acordo com regras definidas previamente. A lógica se baseia na disciplina financeira e na previsibilidade, sem substituir os benefícios pagos pelo sistema público, seria como um complemento para uma vida com mais folga em termos financeiros no futuro”, explica Adriana Ricci, especialista em investimentos com mais de 25 anos de atuação no setor.
A entrada nesse universo começa pela compreensão das modalidades disponíveis e pela escolha do plano que mais se encaixa no perfil do investidor. O processo costuma envolver três etapas principais, sempre alinhadas à realidade de cada pessoa: organizar o orçamento e entender quanto é possível direcionar para esse tipo de reserva, avaliação das características do plano, como taxa de administração, política de investimentos e regime tributário, e manutenção do compromisso ao longo do tempo, com aportes ajustados à evolução da renda e da capacidade de poupar.
“O ideal é começar o quanto antes e pequenos valores são válidos, sim. O importante é entender que a previdência privada funciona como um caminho gradual, que respeita o ritmo do investidor iniciante. A previsibilidade do modelo ajuda a visualizar os objetivos e acompanhar a construção do próprio patrimônio, a ideia aqui não é acelerar decisões, mas oferecer clareza para que cada um identifique o plano que dialoga com seus projetos de vida”, reforça Adriana, fundadora da SHS Investimentos.
As possibilidades de planos são variadas, vão desde maior exposição à renda fixa até alternativas que incluem renda variável e estratégias diversificadas. A escolha depende do grau de tolerância ao risco e da expectativa de retorno ao longo dos anos.
“Importante falar sobre os desafios também que fazem parte da formação desta reserva. O principal deles envolve a constância nas contribuições, especialmente em períodos de instabilidade econômica ou mudanças de renda, é preciso que o investidor tenha consciência disso e esteja bem alinhado. Outro ponto é a necessidade de revisar o plano periodicamente, já que objetivos podem mudar ao longo do tempo, e contar com uma boa assessoria para isso, pode fazer toda a diferença”, finaliza a especialista.
Sobre a especialista: Adriana Ricci é especialista em investimentos e tem 25 anos de atuação no mercado financeiro. É fundadora, gestora e head de Operações da SHS Investimentos, empresa que atua no mercado financeiro desde 2008 e atua em São José dos Campos, SP.
Possui certificações pela Ancord como Assessora de Investimentos, pela Anbima no PQO, Programa de Qualificação Operacional da Bolsa de Valores, e CPA-20, e pela Febraban, a FBB-100. Bacharel em Administração e Financista, pós-graduada com MBA em Finanças, Auditoria e Controladoria pela FGV.