Dispositivo com 22 quilates de ouro pode estar dentro da sua casa

Aparelhos como celulares, micro-ondas e computadores contêm ouro em suas placas internas, mesmo sendo considerados obsoletos ou sucata.

Esse metal precioso, essencial na tecnologia, é frequentemente descartado sem controle, agravando perdas econômicas e danos ambientais.

O que torna o ouro essencial em dispositivos eletrônicos comuns

Ouro em eletrônicos não é um luxo, mas uma escolha técnica baseada em eficiência.
Sua condutividade elétrica, embora inferior à do cobre e da prata, combina-se com sua
resistência à oxidação, tornando-o ideal para componentes sensíveis.

Essas propriedades tornam o metal ideal para componentes sensíveis, como conectores, chips e placas-mãe, mesmo nos aparelhos mais simples.

Dica rápida: até dispositivos antigos esquecidos em gavetas podem conter pequenas frações desse metal nobre.

Curiosidades sobre o desperdício de ouro no lixo eletrônico

Lixo eletrônico representa uma mina urbana desperdiçada todos os anos. A falta de reaproveitamento adequado transforma esse recurso em prejuízo econômico e ambiental.

• De 20 placas-mãe é possível recuperar até 450 mg de ouro
• Em 2022, foram geradas 62 milhões de toneladas de resíduos eletrônicos globalmente
• Metais como prata e paládio também são perdidos junto ao ouro
• Solos e lençóis freáticos são contaminados por chumbo e mercúrio

Atenção: além da perda financeira, o impacto ambiental do descarte é silencioso, mas devastador.

Como o soro do leite pode recuperar ouro com alta precisão

Uma pesquisa suíça revelou que proteínas do soro do leite modificadas quimicamente podem atuar como filtros seletivos para recuperar ouro de soluções ácidas.

Essas proteínas formam estruturas porosas que funcionam como esponjas, capturando o ouro e ignorando outros metais dissolvidos.

• As proteínas passam por tratamento para se tornarem porosas
• Placas eletrônicas são dissolvidas em ácido para liberar os metais
• A esponja retém apenas o ouro presente na solução
• O metal é purificado em pepitas com até 91% de pureza

Curiosidade: as pepitas produzidas têm 22 quilates, o mesmo padrão de muitas joias comerciais.

Quanto ouro é possível recuperar de dispositivos antigos

Com base nos preços de mercado, 10 placas eletrônicas podem render até R$ 170 mil em ouro puro. Isso surpreende, considerando a frequência com que esses itens são descartados.

Mesmo computadores e celulares ultrapassados escondem frações valiosas de metais que continuam sendo ignoradas no cotidiano.

Dica rápida: antes de descartar, verifique programas locais de reciclagem tecnológica.

Por que essa técnica com soro de leite é considerada sustentável

Além de extrair ouro com precisão, o método aproveita dois descartes simultâneos: resíduos eletrônicos e subprodutos da indústria leiteira.

Essa junção reduz impactos ambientais, transforma lixo em riqueza e estimula uma nova economia baseada em reaproveitamento.

Atenção: iniciativas como essa são pilares da chamada economia circular, onde o resíduo de um setor vira solução em outro.

É seguro tentar esse processo em casa?

Apesar de parecer simples, recuperar ouro em casa envolve riscos sérios. O método requer ácidos corrosivos, controle de temperatura e manipulação de materiais tóxicos.

Sem os equipamentos adequados, acidentes podem gerar queimaduras químicas, intoxicações ou explosões perigosas.

Atenção: a recuperação de metais preciosos só deve ser feita em ambientes laboratoriais especializados e autorizados.