O valor para montar um time de futebol no Brasil em 2025 varia conforme o nível de competição e estrutura desejada.
Enquanto clubes da Série A ultrapassam a casa do bilhão, equipes amadoras conseguem competir com poucos milhares de reais mensais.
Clubes da série a investem cifras milionárias para manter competitividade
Montar um time de futebol profissional de elite exige orçamento bilionário. Em 2025, o Flamengo destinou R$ 1,33 bilhão para a temporada, com folha salarial de R$ 424,4 milhões até setembro. Já o Botafogo, impulsionado por aporte estrangeiro, gastou R$ 731,7 milhões.
Jogadores como Memphis Depay (Corinthians) recebem aproximadamente R$ 6 milhões mensais em custo fixo para o clube (R$ 4,5 milhões desembolsados diretamente pelo Corinthians e R$ 1,5 milhão pela patrocinadora). Esses valores englobam salários (cerca de R$ 3,5 milhões considerando os R$ 28,35 milhões em 26 meses), direitos de imagem (R$ 28,35 milhões no período), além de bônus de desempenho que podem atingir até R$ 120 milhões no contrato total, incluindo luvas e metas esportivas.
Além da folha, os investimentos em reforços são altíssimos. O Palmeiras ultrapassou R$ 600 milhões (chegando a R$ 633 milhões) em contratações em 2025, enquanto o Botafogo investiu R$ 731,7 milhões.
Qual é o custo para disputar a série b ou c?
Na Série B, o investimento mínimo gira em torno de R$ 52 milhões ao ano, conforme confirmado pela SAF do Santa Cruz em setembro de 2025. Já na Série C, os gastos caem para R$ 36 milhões, com ajuda de cotas da CBF que reduzem parte das despesas.
- Santa Cruz estima R$ 3 milhões/mês na Série C
- Cota da CBF: R$ 150 mil por clube (confirmado em novembro de 2025)
- Projeção de R$ 52 milhões para acesso à Série B
- Clubes precisam estruturar logística, elenco e comissão
Quanto custa montar um time de futebol amador?
Um time de futebol amador pode funcionar com orçamento bem mais enxuto. Participar de campeonatos em São Paulo, por exemplo, exige cerca de R$ 15 mil a R$ 20 mil por mês, especialmente em jogos maiores com transporte, lanches e arbitragem. Essa estimativa varia conforme a federação estadual e o nível do campeonato, com campos de futebol society em Osasco/São Paulo variando entre R$ 100 a R$ 250 por hora.
Para um time básico, com 15 a 20 membros, o custo mensal gira entre R$ 800 e R$ 2.000, com contribuições individuais de R$ 40 a R$ 100 por atleta.
Como funciona a formalização de um time?
Registrar uma equipe como pessoa jurídica envolve custos com cartório e certificado digital. Embora o CNPJ seja gratuito, taxas legais e honorários podem elevar o total para até R$ 2.500.
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- Taxas de cartório: R$ 300 a R$ 700
- Certificado digital: R$ 200 a R$ 300
- Honorários contábeis: variável
- Orçamento sugerido: até R$ 2.500
Estrutura mínima para um time intermediário
Times intermediários precisam investir em equipamentos, uniforme, infraestrutura e transporte. Uma montagem básica exige ao menos R$ 30 mil em despesas operacionais.
- 15 chuteiras: R$ 4.500 (R$ 300 cada – valor aproximado, pode variar conforme marca e qualidade)
- 20 uniformes de jogo: R$ 2.000 (R$ 100 cada – preços encontrados entre R$ 75 a R$ 300 em 2025)
- Treinador e preparador físico: R$ 4.500/mês
- Aluguel de campo: R$ 4.800 por 8 meses (aproximadamente R$ 600/mês em locais da região)
Dica rápida: Para jogos externos, alugue vans e divida o custo entre os membros ativos. Isso reduz em até 50% o impacto logístico por partida.
Quanto custa registrar atletas na cbf?
O registro de jogadores na CBF varia conforme o salário. Atletas de alto rendimento têm taxas significativamente maiores, e isso precisa ser considerado nos planos financeiros do clube.
- Salário até R$ 7 mil: R$ 200
- Entre R$ 7 mil e R$ 25 mil: R$ 1.000
- De R$ 25 mil a R$ 50 mil: R$ 2.500
- Acima de R$ 100 mil: R$ 10 mil
Planejamento evita prejuízos nas divisões de base e profissionais
Os custos do futebol brasileiro aumentaram rapidamente nos últimos anos. Segundo relatos de dirigentes da Série B, há clubes gastando R$ 120 milhões com receitas de apenas R$ 40 milhões — o que demonstra a importância de equilibrar orçamento e ambição.
A entrada de SAFs e o interesse estrangeiro pelos atletas brasileiros aumentaram a valorização do mercado. Quem não acompanha essa movimentação com controle financeiro pode enfrentar sérias dificuldades.
Atenção: montar um time vai muito além do talento dos jogadores — exige gestão, previsão orçamentária e metas realistas.