
Em meio a tantas possibilidades de decoração para casas e apartamentos, as plantas que ajudam a purificar o ar vêm ganhando destaque, especialmente em ambientes urbanos. Além de ocuparem pouco espaço, essas espécies contribuem para a melhoria da qualidade do ar interno, reduzindo a presença de poluentes comuns em locais fechados. Em um cenário em que muitas pessoas passam grande parte do dia em ambientes climatizados e pouco ventilados, a busca por soluções naturais se torna cada vez mais frequente.
Pesquisas sobre qualidade do ar em interiores mostram que tintas, móveis novos, produtos de limpeza e até aparelhos eletrônicos podem liberar compostos que permanecem circulando dentro dos cômodos. Nesse contexto, as plantas de interior com potencial purificador começam a ser vistas como aliadas simples, acessíveis e decorativas. Elas não substituem uma ventilação adequada nem equipamentos específicos, mas funcionam como um complemento interessante, especialmente em locais com baixa circulação de ar natural.
O que são plantas purificadoras de ar?

Plantas purificadoras de ar são espécies que, de acordo com estudos laboratoriais e testes em ambientes controlados, podem ajudar a reduzir a concentração de determinadas substâncias presentes no ar, como formaldeído, benzeno e outros compostos orgânicos voláteis. Esse efeito ocorre por meio de processos naturais da planta, como respiração e fotossíntese, além da interação com micro-organismos presentes no substrato do vaso.
Em outras palavras, são plantas que, ao mesmo tempo em que cumprem um papel ornamental, colaboram discretamente para tornar o ambiente mais agradável. Elas costumam ser utilizadas em salas, quartos, escritórios domésticos, corredores e até cozinhas. Entre as espécies mais citadas estão o lírio-da-paz, a espada-de-são-jorge, a jiboia, algumas palmeiras ornamentais e samambaias. Na hora de escolher, normalmente se consideram três pontos principais: facilidade de cultivo, adaptação a ambientes internos e potencial de filtragem de certos poluentes.
Plantas que purificam o ar: quais são as mais indicadas?
Entre as plantas indicadas para ajudar a purificar o ar de ambientes internos, algumas se destacam pela combinação de resistência, estética e baixa necessidade de cuidados. O lírio-da-paz, por exemplo, é valorizado por suas flores brancas elegantes e pela boa adaptação a locais com luz indireta, como salas e quartos.
A espada-de-são-jorge se tornou um clássico em apartamentos e ambientes menores, pois tolera períodos mais longos sem regas, variações de luminosidade e até certo grau de descuido. Já a samambaia-boston é frequentemente usada em varandas, banheiros e salas arejadas, ajudando também a manter o ar mais úmido e agradável.
A jiboia (pothos) é outra queridinha dos interiores, conhecida pela facilidade de cultivo. Cresce bem em vasos comuns ou pendentes, aceita meia-sombra e costuma ser bastante tolerante a eventuais esquecimentos na rega. Em espaços maiores, espécies como areca-bambu e palmeira-bambu ajudam a preencher o ambiente e criar uma sensação de frescor, além de funcionarem como pontos de destaque na decoração.
| Planta | Ambiente ideal |
| Lírio da paz | Ideal para salas e quartos com luz indireta; |
| Espada de São Jorge | Adapta-se bem a ambientes com pouca luz; |
| Samambaia Boston | Prefere locais mais úmidos, como banheiros e varandas; |
| Jibóia | Excelente como planta pendente ou em prateleiras; |
| Areca Bambu | Indicada para salas amplas e bem iluminadas. |
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Como usar plantas para melhorar a qualidade do ar em casa?
Para que as plantas purificadoras de ar ofereçam algum benefício perceptível, a forma como elas são distribuídas pela casa é importante. Em vez de concentrar muitos vasos em um único local, o ideal é espalhar as plantas por diferentes cômodos, respeitando as condições de luz e espaço de cada um.
Salas de estar e ambientes integrados costumam receber bem plantas maiores, capazes de se destacar visualmente. Já quartos, escritórios domésticos e corredores podem abrigar vasos de porte médio ou pequeno, posicionados em prateleiras, mesas laterais, aparadores ou cantos estratégicos, sem atrapalhar a circulação.
Alguns cuidados básicos ajudam a garantir que essas plantas se mantenham saudáveis e desempenhem melhor sua função:
- Selecionar espécies adequadas ao nível de luz do cômodo (luz direta, indireta ou meia-sombra);
- Estabelecer uma rotina de regas compatível com cada planta, evitando tanto o encharcamento quanto a falta excessiva de água;
- Utilizar vasos com furos de drenagem e pratos para reter o excesso de água;
- Limpar periodicamente as folhas com pano úmido, removendo a poeira que pode atrapalhar a fotossíntese;
- Verificar se a espécie é segura para crianças e animais de estimação antes de colocá-la em ambientes internos.
Ao manter esses cuidados, as plantas tendem a viver mais e permanecer vigorosas, o que também favorece sua atuação como filtros naturais ao longo do tempo. Além do benefício funcional, o efeito visual é significativo: espaços internos costumam ficar mais acolhedores e agradáveis quando as plantas estão bem posicionadas, sem bloquear passagens ou comprometer a circulação das pessoas.
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Plantas que purificam o ar realmente funcionam?
Diversas pesquisas realizadas nas últimas décadas mostram que determinadas plantas conseguem reduzir, em condições controladas de laboratório, a concentração de alguns poluentes presentes no ar. No entanto, especialistas em qualidade do ar ressaltam que, em residências e escritórios reais, esse efeito pode variar bastante conforme o tamanho do ambiente, a ventilação, a quantidade de plantas e o nível de exposição aos poluentes.
Por esse motivo, a recomendação mais comum é considerar as plantas purificadoras de ar como parte de um conjunto de ações. Entre essas ações estão a ventilação regular dos cômodos, a redução do uso de produtos de limpeza com alta carga química, a preferência por materiais de construção e mobiliário com baixa emissão de compostos orgânicos voláteis e, quando necessário, o uso de purificadores de ar específicos.
Nesse contexto, as plantas entram como um recurso complementar, trazendo um toque de natureza para dentro de casa, ajudando a tornar os ambientes mais agradáveis visualmente e colaborando, de forma gradual, com a qualidade do ar interno. Muitas pessoas relatam a sensação de ar mais leve e espaços mais acolhedores após incluir espécies como lírio-da-paz, espada-de-são-jorge, jiboia, samambaias e palmeiras em sua rotina.
Em termos práticos, trata-se de uma estratégia simples: escolher algumas plantas que se adaptem bem às condições da casa, seguir cuidados básicos de cultivo e observar, com o tempo, as mudanças na atmosfera dos ambientes internos. Assim, além de decorar, as plantas podem se transformar em aliadas no bem-estar do dia a dia.