
O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, se manifestou nesta sexta-feira (05/12) a respeito da prisão preventiva do deputado Rodrigo Bacellar, presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj).
Em nota oficial, o governador disse que acompanha o caso “com a devida atenção institucional” e reforçou que é necessário garantir o direito ao devido processo legal.

Nota de Cláudio Castro
“Acompanho os fatos, ocorridos no dia de ontem, com a devida atenção institucional. Rodrigo Bacellar é chefe do Poder Legislativo do Rio de Janeiro e é necessário garantir o direito ao devido processo legal. Mantenho a confiança na condução técnica e imparcial do Supremo Tribunal Federal e da Polícia Federal, responsáveis pela investigação. Todos os esclarecimentos solicitados pelo STF ao Executivo já foram respondidos, reafirmando nosso compromisso com a legalidade, a transparência e o pleno funcionamento das instituições.”
Contexto e histórico entre Castro e Bacellar
- Apesar de já terem sido aliados e com Bacellar apontado como um possível nome de sucessão de Castro para o governo do estado em 2026, os dois romperam politicamente em julho deste ano — após Bacellar, então presidente da Alerj e interino no Executivo estadual, exonerar o então secretário estadual de Transportes.
- A prisão ocorre no âmbito da investigação da PF — autorizada pelo STF — que investiga vazamentos de operações sigilosas e possível obstrução à Justiça.
- A nota de Castro evita confrontos diretos ou prejulgamentos, priorizando o respeito à investigação e às instituições responsáveis.
Implicações políticas e institucionalidade
Com a declaração de Castro, o governo estadual busca reafirmar seu compromisso com a legalidade, a transparência e a independência institucional. A postura pode servir para:
- Manter distância do episódio, evitando envolvimento direto com as investigações contra Bacellar
- Demonstrar apoio à condução técnica da PF e STF, reforçando legitimidade institucional frente a um caso sensível e de grande repercussão
- Preservar a governabilidade e evitar desgaste político, especialmente com a proximidade das eleições de 2026