
A falta de alguns nutrientes essenciais costuma aparecer de forma silenciosa, mas pode afetar desde a energia diária até a qualidade do sono. Entre esses nutrientes, a vitamina D chama atenção por estar ligada à saúde dos ossos, dos músculos e do sistema imunológico.
O que é vitamina D e qual é sua função no organismo
A vitamina D é um nutriente lipossolúvel que participa diretamente do equilíbrio de cálcio e fósforo no organismo, impactando a formação e manutenção de ossos e dentes. Ela também atua em processos de contração muscular, transmissão de impulsos nervosos e regulação de respostas imunológicas.
Estudos recentes associam níveis adequados de vitamina D ao bom funcionamento do sistema imunológico, do sistema nervoso e da musculatura esquelética, o que inclui força, resistência e coordenação motora. Pesquisas em andamento avaliam ainda a possível relação dessa vitamina com a prevenção de algumas doenças autoimunes e metabólicas.

Quais são os sinais mais comuns de deficiência de vitamina D
A deficiência de vitamina D pode se manifestar de forma diferente em crianças e adultos, variando de alterações ósseas importantes a sintomas mais sutis. Em crianças, níveis muito baixos estão associados a deformidades ósseas e atraso no crescimento, enquanto em adultos os sinais costumam ser progressivos.
- Dor ou sensibilidade nos ossos, principalmente em coluna, quadris e pernas;
- Fraqueza ou cansaço muscular, com dificuldade para subir escadas ou carregar peso;
- Dores ou câimbras musculares recorrentes;
- Maior propensão a quedas em pessoas idosas;
- Alterações de humor, como irritabilidade e desânimo persistente;
- Dificuldade para dormir ou sono pouco reparador em alguns casos.
Por serem sinais inespecíficos, muitas pessoas convivem com esses sintomas por longos períodos sem relacioná-los à falta de vitamina D. Em situações de suspeita, profissionais de saúde costumam solicitar exames laboratoriais para avaliar os níveis séricos e, se necessário, investigar outras condições associadas, como problemas de absorção intestinal ou distúrbios hormonais.
Como aumentar a vitamina D de forma segura no dia a dia
Existem três pilares principais para melhorar os níveis de vitamina D: exposição solar controlada, alimentação adequada e, quando indicado, uso de suplementos. Cada um desses pontos exige atenção para que os benefícios sejam alcançados sem riscos desnecessários, especialmente no caso da radiação solar e da automedicação.

Além desses, muitos países estimulam o consumo de alimentos fortificados, aos quais são adicionadas vitaminas e minerais para melhorar o valor nutricional. Entre eles, encontram-se leites e bebidas vegetais, iogurtes, alguns cereais matinais e sucos, sendo importante a leitura dos rótulos para identificar o teor real de vitamina D.
A deficiência de vitamina D é realmente tão frequente na população
Levantamentos recentes de instituições de referência em saúde indicam que a insuficiência e a deficiência de vitamina D atingem uma parcela significativa da população mundial. Fatores como envelhecimento, aumento de doenças crônicas, urbanização e menos tempo ao ar livre colaboram para esse cenário.
Grupos de maior risco incluem pessoas com pele mais escura, idosos, indivíduos que vivem em regiões com poucos dias de sol, pessoas com obesidade, gestantes e pessoas que fizeram cirurgias bariátricas. Pacientes em uso contínuo de certos medicamentos, como alguns anticonvulsivantes ou corticoides, podem necessitar de monitoramento mais próximo e avaliação individualizada de suplementação.