Casarão histórico em São Domingos
Foto: Divulgação/Paula Fernandes

Um casarão histórico em São Domingos, em Niterói, vai ganhar uma nova função: virar um centro de inovação voltado à indústria criativa. Com investimento inicial estimado em R$ 5 milhões, o “Arariboia Tecno” promete mexer diretamente com o mercado de audiovisual na cidade.

Arariboia Tecno: casarão histórico vai virar centro de inovação

O projeto “Arariboia Tecno” vai funcionar no edifício que hoje abriga o Instituto de Arte e Comunicação Social da Universidade Federal Fluminense (UFF), na Rua Lara Vilela, em São Domingos. O investimento inicial está estimado em R$ 5 milhões.

A iniciativa reúne uma rede de parceiros: UFF, FINEP (Financiadora de Estudos e Projetos), Araci Incubadora Audiovisual, Fundação Euclides da Cunha (FEC), Prefeitura de Niterói e o Reserva Cultural. A expectativa é atender 2 mil empresas do setor audiovisual.

Audiovisual em Niterói: locações, qualificação e novos cursos

Locação para produções e mão de obra qualificada

O foco principal do Arariboia Tecno é oferecer locação para produções audiovisuais filmadas na cidade e fortalecer a oferta de mão de obra qualificada para o setor. Na prática, a proposta é encurtar caminhos para quem produz: mais estrutura local e mais profissionais preparados para o ritmo do set.

Cursos de capacitação para ampliar o mercado

O projeto do espaço prevê, ainda, a criação de cursos de capacitação em diferentes áreas do audiovisual, com impacto direto na empregabilidade e no fortalecimento de serviços especializados. A meta é ampliar o mercado na cidade e consolidar Niterói como um território mais atrativo para produções.

Segundo a vice-coordenadora da Araci Incubadora Audiovisual e professora do Departamento de Cinema e Audiovisual da UFF, Índia Mara Martins, o objetivo é tornar Niterói “uma cidade mais interessante para o audiovisual”.

Formação rápida para funções do set, diz professora da UFF

Em fala sobre a estratégia de médio e longo prazo, Índia Mara Martins explicou que o centro pretende desenvolver cursos que qualifiquem pessoas para atividades que não exigem formação universitária, com impacto direto na cadeia de produção.

“O centro de inovação a médio e longo prazo tem como objetivo desenvolver cursos que possam qualificar pessoas para atividades que não requerem uma formação universitária. Com um curso livre você consegue formar um eletricista de set, um marceneiro, um pintor, uma costureira que vai trabalhar com figurino. Então o interesse é a gente conseguir parcerias e conseguir se tornar sustentável, e contribuir para a formação dessa mão de obra que obviamente vai movimentar esse campo”, afirma a professora.

Obras a partir de 2026, com atividades iniciais antes

De acordo com os responsáveis, o prédio passa por obras a partir de 2026. Ainda assim, algumas atividades iniciais já estão previstas para o início do ano, marcando o começo da mobilização do projeto antes mesmo da reforma completa.