
Monte Everest continua crescendo por causa da dinâmica contínua das placas tectônicas, um processo natural que ainda hoje eleva o ponto mais alto do planeta. O fenômeno gera benefícios científicos, mas também amplia riscos geológicos na região do Himalaia.
Principais destaques do tema:
- crescimento medido em milímetros por ano
- impacto direto de terremotos
- efeitos sobre clima e segurança de montanhistas
Por que o Monte Everest continua crescendo até hoje?
O Monte Everest está na fronteira entre Nepal e China e faz parte da maior cadeia montanhosa do planeta, formada há dezenas de milhões de anos. Seu crescimento não é um evento isolado, mas parte de um sistema geológico ativo.
A principal causa é a colisão entre a placa tectônica Indiana e a placa Eurasiática, processo conhecido como orogênese. Essa pressão contínua empurra as rochas para cima, elevando lentamente a montanha.
Segundo o U.S. Geological Survey – USGS (abrir em nova aba), esse movimento ocorre a uma taxa média de cerca de quatro milímetros por ano, valor pequeno à escala humana, mas significativo no tempo geológico.

Como a tectônica de placas age por baixo do Himalaia?
A crosta terrestre é formada por grandes blocos rígidos que flutuam sobre o manto. No caso do Himalaia, ocorre um choque direto entre duas placas continentais.
Diferente de zonas de subducção oceânica, aqui nenhuma placa afunda completamente. Em vez disso, as rochas são comprimidas, dobradas e empurradas verticalmente.
Esse empilhamento sucessivo explica por que o Monte Everest não apenas se formou, como ainda hoje continua crescendo e se rejuvenescendo geologicamente.
Quais são os impactos dos terremotos no crescimento da montanha?
Terremotos liberam parte da energia acumulada entre as placas tectônicas. Em alguns casos, eles reduzem a altura local; em outros, provocam elevação adicional.
Após o grande sismo no Nepal em dois mil e quinze, medições por GPS indicaram pequenas variações na altitude do Everest. O ajuste final levou anos para ser confirmado.
De acordo com a Encyclopaedia Britannica (abrir em nova aba), esse efeito dinâmico mostra que montanhas ativas podem ganhar ou perder altura rapidamente, em termos geológicos.

Quais são os principais riscos associados a esse crescimento?
O crescimento lento do Everest vem acompanhado de instabilidade geológica permanente. Isso afeta não apenas a montanha, mas milhões de pessoas na região do Himalaia.
Principais riscos envolvidos:
- terremotos de grande magnitude
- deslizamentos de encostas
- avalanches mais frequentes
- alterações no curso de rios
Além disso, mudanças na estrutura rochosa aumentam a imprevisibilidade das expedições, exigindo monitoramento constante por parte das autoridades.
O que muda com o crescimento contínuo para ciência e turismo?
Do ponto de vista científico, o Everest ativo é um laboratório natural para estudos sobre geodinâmica, clima e erosão. Pesquisadores acompanham variações com satélites e sensores de alta precisão.
Para o turismo de montanha, o impacto é direto na segurança, no planejamento de rotas e no custo de operações. Pequenas alterações no relevo podem inviabilizar trilhas tradicionais.
A região também se torna estratégica para políticas públicas de prevenção de desastres, integrando ciência, defesa civil e comunidades locais.
Como será o futuro do Monte Everest nas próximas gerações?
Projeções indicam que o Monte Everest continuará crescendo por milhões de anos, enquanto persistir a colisão entre as placas tectônicas. A elevação, porém, será sempre lenta à escala humana.
Ao mesmo tempo, a erosão causada por ventos, gelo e gravidade atua no sentido oposto, removendo parte do material elevado.
O equilíbrio entre elevação tectônica e desgaste natural definirá a forma futura da montanha, numa dinâmica que dificilmente cessará em curto prazo.