
Uma história apagada por séculos ganha tela e plateia em Niterói nesta sexta (28). O documentário “Xicas: Travestis na Avenida” resgata o legado de Xica Manicongo e coloca em foco a presença de travestis e pessoas trans no maior palco do samba: a Sapucaí.
Exibição gratuita no MAC Niterói: data, horário e local
O Museu de Arte Contemporânea de Niterói (MAC) recebe nesta sexta-feira (28) a exibição do documentário “Xicas: Travestis na Avenida”, em sessão com entrada gratuita. A programação foi anunciada como parte da 19ª Parada do Orgulho LGBTQIA+ de Niterói.
“Xicas: Travestis na Avenida”: do que trata o documentário
Dirigido por Asaph Luccas e com co-roteiro de Hela Santana, o filme percorre a trajetória histórica de travestis brasileiras em busca de respeito e liberdade, conectando memória, arte e disputa por direitos.
O documentário parte da figura de Xica Manicongo — apontada como a primeira mulher trans do país em relatos divulgados sobre o tema — e chega ao impacto político e estético do desfile do Paraíso do Tuiuti na Sapucaí, no Carnaval de 2025.
O elo com o Tuiuti e o Carnaval de 2025
No Carnaval de 2025, a escola levou para a avenida o enredo “Quem Tem Medo de Xica Manicongo?”, desenvolvido pelo carnavalesco Jack Vasconcelos — e o desfile é um dos pontos centrais abordados pelo filme.
Quem foi Xica Manicongo: o que se sabe (e o que não se sabe)
Segundo a divulgação da exibição, Xica foi batizada como Francisco, chegou ao Brasil escravizada e, na busca por sua identidade, preservou sua religião africana junto ao povo Tupinambá, na Bahia, onde encontrou acolhimento.
A mesma apresentação ressalta um ponto-chave para entender por que essa história ainda é tão sensível: não há registros oficiais sobre sua vida. O que circula hoje são ilustrações produzidas por artistas e ativistas, inspiradas em referências às quimbandas do século XVII.
Serviço
- Evento: Exibição do documentário “Xicas: Travestis na Avenida”
- Data: 28 de novembro
- Local: MAC Niterói (Mirante da Boa Viagem, s/n)
- Entrada: gratuita
- Horário: há divergência nas divulgações: 19h em reportagens e chamadas de imprensa; já a Agenda Acessível de Niterói registra 16h às 18h (com idade mínima: 16 anos).