
A cidade de São Gonçalo viveu uma nova sequência de assaltos e ataques armados no fim da tarde desta quarta-feira (26), segundo relatos de moradores que circularam pela região do Hospital Estadual Alberto Torres, no Colubandê. As denúncias apontam que grupos armados voltaram a agir tanto contra motoristas quanto contra pedestres.
A movimentação criminosa reacendeu o clima de insegurança nas principais vias do município e chamou atenção pela semelhança com episódios ocorridos desde o início da semana. Entre os pontos mais citados, a RJ-104 voltou a registrar arrastões no trecho entre Santa Luzia e Vista Alegre, um dos corredores mais movimentados da rodovia.
Intervenções policiais e retaliações
Segundo moradores, os ataques seriam uma resposta às ações recentes da Polícia Militar dentro da Operação Barricada Zero, realizada no Jardim Catarina para desarticular o domínio do Comando Vermelho na área. A operação já removeu grandes estruturas instaladas para dificultar a circulação da polícia.
Durante o mesmo período, relatos de violência se espalharam por vias como BR-101, RJ-104, RJ-106 e ruas internas de bairros próximos. A Polícia Civil investiga se os assaltos fazem parte de uma estratégia organizada para pressionar o avanço das forças de segurança.
Relatos de quem viveu os ataques
Entre os episódios registrados nesta quarta, um motorista contou ter sido alvo de criminosos enquanto dirigia pela RJ-104. Ele relatou que dois homens em uma motocicleta se aproximaram e apontaram armas em sua direção. Ao não parar, sua blindagem foi atingida por disparos. O motorista descreveu o momento como desesperador.
Outro relato reforça o clima de insegurança. Um motorista de aplicativo relatou ter encerrado o trabalho mais cedo por medo de permanecer nas ruas. Segundo ele, episódios semelhantes se repetem com frequência em São Gonçalo.
Moradores cobram reforço
A tensão levou moradores a cobrarem medidas urgentes para aumentar o patrulhamento. Uma moradora afirmou circular de carro blindado desde um episódio anterior e defendeu ações policiais mais amplas para conter os ataques. Outro morador pediu a criação de um segundo batalhão da Polícia Militar na cidade, alegando que o efetivo atual não consegue atender todos os bairros.
Para esses moradores, os últimos quatro dias evidenciam um cenário de insegurança generalizada, afetando tanto quem segue para o trabalho quanto quem retorna para casa. Eles afirmam que a falta de policiamento constante deixa São Gonçalo exposto a novos episódios de violência.
Questionado sobre os recentes casos, o batalhão responsável por São Gonçalo informou que não foi acionado para atender as ocorrências mencionadas pelos moradores.