No dia em que Niterói celebra seu aniversário, neste sábado (22/11/2025), a Prefeitura inaugurou o Centro de Avaliação e Inclusão Social (CAIS), no Centro da cidade. A nova unidade amplia o atendimento a crianças e adolescentes com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e organiza o acesso à rede de cuidados. Com foco em inclusão social, o equipamento se torna uma porta de entrada estruturada para famílias que buscam diagnóstico, acompanhamento e acolhimento.
CAIS amplia políticas para crianças com TEA em Niterói
O prefeito de Niterói, Rodrigo Neves, inaugurou o CAIS neste sábado (22), data em que é comemorado o aniversário da cidade. Localizada no Centro, a unidade é apresentada como um marco na política municipal voltada às crianças com TEA, com expectativa de atender, inicialmente, cerca de 1.300 crianças e adolescentes.
O objetivo é ampliar o cuidado, organizar os fluxos de atendimento e garantir acolhimento especializado às famílias.
“Estamos inaugurando o CAIS hoje, mas ele é mais do que uma unidade: é a porta de entrada para toda uma rede de serviços. Por isso decidimos ampliar as equipes das policlínicas e contratar novos profissionais para atender as famílias em toda a rede municipal de saúde. O CAIS será o porto seguro das famílias atípicas de Niterói. Estamos construindo um serviço público de excelência a partir deste novo equipamento”, afirmou o prefeito Rodrigo Neves, durante a abertura.
A cerimônia de inauguração contou com a presença da vice-prefeita Isabel Swan; da secretária de Saúde, Ilza Fellows; do secretário de Assistência Social e Economia Solidária, Elton Teixeira; do secretário Executivo, Felipe Peixoto; do secretário de Educação, Bira Marques; e da primeira-dama e gestora do Escritório de Políticas Transversais de Direitos e Cuidados, Fernanda Sixel Neves, além de outras autoridades municipais.
“Que este espaço seja um ponto de partida, porque a trajetória das famílias, especialmente das mães, costuma ser marcada por desafios, lutas, conquistas e muito amor. Que aqui seja um ambiente de acolhimento na nossa cidade”, analisou a vice-prefeita, Isabel Swan, reforçando o caráter humano e simbólico do novo centro para as famílias atípicas.
CAIS: referência em avaliação, cuidado e inclusão social
O Centro de Avaliação e Inclusão Social (CAIS) foi estruturado como um espaço de referência no acolhimento, na avaliação clínica e na construção de caminhos de cuidado para casos suspeitos de TEA. A proposta é centralizar, em uma mesma rede de apoio, profissionais de diferentes áreas, garantindo uma atuação integrada e contínua.
O modelo reúne, em uma única estrutura, equipes das áreas de saúde, educação, assistência social, cultura, trabalho e acessibilidade, promovendo uma atuação articulada entre as secretarias municipais. A centralização de diagnóstico, orientação e encaminhamentos é vista como essencial por profissionais e familiares para reduzir o tempo de espera e evitar desencontros no processo de cuidado.
A secretária Municipal de Saúde, Ilza Fellows, destacou que o centro é uma entrega construída desde 2023, a partir da identificação da necessidade de um equipamento especializado para acolhimento, diagnóstico e encaminhamento de crianças com suspeita de TEA.
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“Essas crianças e suas famílias precisam ser acolhidas, diagnosticadas e encaminhadas para aquilo que é melhor para elas. Então, são várias necessidades e o centro tem exatamente essa proposta de cuidar das particularidades de cada um”, reforçou a secretária Municipal de Saúde, Ilza Fellows.
Equipe multidisciplinar e atendimento regulado
O atendimento no novo CAIS será organizado pela Central de Regulação, sem demanda espontânea. Isso significa que o acesso ao serviço seguirá fluxos definidos na rede municipal de saúde, garantindo que os casos cheguem à unidade de forma organizada e com as informações necessárias para o cuidado adequado.
A unidade contará com representantes da Educação e da Assistência Social, que estarão presentes para acolher os responsáveis, orientar sobre o funcionamento da rede e esclarecer dúvidas. As famílias também participarão de grupos de conversa conduzidos pela equipe de Psicologia, com orientações sobre o espectro autista e práticas de cuidado no dia a dia.
A equipe multidisciplinar do CAIS será formada por profissionais de Terapia Ocupacional, Fisioterapia, Psicologia, Fonoaudiologia e Medicina, garantindo um acompanhamento integral e qualificado. O modelo reforça o compromisso da Prefeitura com uma abordagem que considera as particularidades de cada criança, do diagnóstico às estratégias de inclusão.
Acolhimento às famílias atípicas e impacto social em Niterói
A participação da família é reconhecida como parte central do modelo adotado no CAIS. A proposta é que mães, pais e responsáveis sejam ouvidos, orientados e preparados para apoiar o desenvolvimento e a autonomia das crianças autistas, fortalecendo vínculos e reduzindo o sentimento de isolamento.
A dona de casa Maria Pereira, mãe de Thalles Pereira, de 3 anos, moradora da comunidade Boa Esperança, destacou a importância do novo espaço para garantir direitos e oportunidades às crianças:
“É isso que quero para os meus filhos e para os filhos de outras pessoas. Estou muito feliz pelo espaço, eu vi o toque de amor em cada sala, eu acredito que nossas crianças vão ser muito felizes aqui”, afirmou.
Ao inaugurar o CAIS justamente no aniversário da cidade, a Prefeitura de Niterói sinaliza que a política de inclusão e cuidado com crianças com TEA é parte de um projeto estruturante de cidade. O novo centro combina atendimento especializado, articulação intersetorial e acolhimento às famílias, reforçando a construção de um serviço público de excelência voltado à inclusão social.
