
A ideia de que usamos apenas 10% do cérebro é amplamente difundida, mas completamente errada. Na realidade, a ciência mostra que praticamente todas as áreas do cérebro têm alguma função, mesmo que algumas atividades sejam menos evidentes no dia a dia.
Como surgiu o mito dos 10%?
Acredita-se que o mito tenha se originado no início do século XX, possivelmente a partir de interpretações erradas de estudos neurológicos. Alguns pesquisadores podem ter afirmado que apenas uma pequena parte do cérebro estava ativa em determinadas tarefas, e essa informação foi simplificada de forma exagerada.
Com o tempo, essa ideia foi amplificada por livros de autoajuda, filmes e mídia popular, criando a falsa crença de que 90% do cérebro permanece inativo.
O que a ciência diz sobre o uso do cérebro
Pesquisas modernas usando neuroimagem mostram que praticamente todas as regiões do cérebro têm funções específicas. Mesmo durante o sono, áreas do cérebro permanecem ativas, processando informações e realizando atividades essenciais para o corpo.
Portanto, não existe “grande parte do cérebro não utilizada”; cada região tem um papel na memória, percepção, movimento, emoções e raciocínio.

Curiosidades sobre o cérebro humano
Alguns fatos interessantes sobre o cérebro ajudam a desmistificar essa crença:
- O cérebro representa cerca de 2% do peso corporal, mas consome cerca de 20% da energia do corpo
- É capaz de criar novas conexões neuronais ao longo da vida, fenômeno chamado neuroplasticidade
- O mito dos 10% é uma das ideias mais populares, mas cientificamente incorreta
- Cientistas usam técnicas de mapeamento cerebral para estudar funções específicas de cada região
Por que o mito ainda é tão popular?
O mito persiste porque sugere a ideia de potencial oculto, algo que atrai o imaginário das pessoas. Filmes, livros e propagandas muitas vezes reforçam a ideia de que podemos acessar um “superpoder” escondido no cérebro.
Embora seja inspirador, é importante compreender que não há evidência científica que suporte a ideia de que usamos apenas 10% do nosso cérebro.
Como pensar sobre o potencial cerebral de forma realista
Em vez de acreditar em mitos, podemos focar em formas reais de desenvolver o cérebro:
- Praticar exercícios cognitivos e aprender coisas novas
- Manter hábitos saudáveis, como sono adequado e alimentação balanceada
- Desafiar o cérebro com novas experiências e resolução de problemas
Entender o funcionamento real do cérebro nos ajuda a valorizar suas capacidades sem recorrer a mitos ou informações incorretas.