Quebrar um espelho realmente dá azar? Conheça a origem dessa história
Saiba de onde veio o mito do azar ao quebrar um espelho | Créditos: depositphotos.com / Birute (editada via Canva)

A superstição de que quebrar um espelho traz sete anos de azar é antiga e permeia diferentes culturas ao longo da história. Acredita-se que essa crença tenha origem na associação entre reflexos e a alma, além do simbolismo da fragilidade da vida e da sorte.

De onde vem a ideia de que espelhos refletem a alma?

Na Antiguidade, egípcios e romanos acreditavam que o espelho não apenas refletia a imagem física, mas também capturava parte da essência ou alma da pessoa. Quebrar o espelho era visto como danificar essa essência, trazendo consequências negativas para o indivíduo.

Os romanos, em particular, relacionavam a duração da vida com a integridade do espelho. Um espelho quebrado simbolizava o risco de a vida ou a sorte ser interrompida ou prejudicada, e o período de sete anos representava o ciclo completo de renovação do corpo humano.

Quebrar um espelho realmente dá azar? Conheça a origem dessa história
Essa supertição vem da antiguidade | Créditos: depositphotos.com / Esteveg

Por que o azar dura sete anos?

A duração de sete anos está ligada à medicina antiga. Os romanos acreditavam que o corpo se renovava completamente a cada sete anos, então o azar associado à quebra do espelho duraria até que o corpo estivesse novamente completo e saudável. Assim, sete anos representam um ciclo de renovação e proteção da vida.

Outros fatores que reforçam essa crença incluem:

  • A associação do número sete com sorte e ciclos de renovação em diversas culturas
  • O valor simbólico do espelho como objeto que conecta o físico e o espiritual
  • A preocupação com prejuízos financeiros, já que espelhos eram caros na Antiguidade
  • O medo de punições divinas ou energias negativas por descuido com objetos simbólicos

Como a superstição se espalhou pelo mundo

Durante a Idade Média e o Renascimento, a superstição foi incorporada à cultura europeia e posteriormente chegou às Américas com colonizadores e imigrantes. Espelhos eram objetos caros e simbólicos, por isso sua quebra causava preocupação prática e supersticiosa.

Atualmente, a superstição pode ser encontrada em várias culturas e segue associada a ideias de azar, cuidado e respeito a objetos simbólicos.

O que dizem os estudiosos sobre a superstição

Pesquisadores apontam que a superstição combina elementos psicológicos, culturais e simbólicos. Ela reflete o medo humano de perder o controle sobre a própria vida e sorte, bem como a importância de objetos considerados valiosos ou mágicos nas sociedades antigas.

Principais fatores que mantêm a superstição viva:

  • Tradição cultural passada de geração em geração
  • Influência de histórias populares e literatura
  • Curiosidade e medo natural do desconhecido
  • Uso de rituais e crenças para tentar evitar azar e proteger a sorte

No fim, a superstição de quebrar um espelho continua viva como uma mistura de história, simbolismo e tradição cultural, lembrando como crenças antigas ainda influenciam comportamentos nos dias de hoje.