Megaoperação
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A ação, direcionada ao Comando Vermelho, já contabiliza 64 mortos e 81 presos, segundo balanço oficial, e criou um clima de apreensão que forçou o cancelamento em massa de eventos.

Seguindo recomendações da Prefeitura para que a população evitasse deslocamentos, as maiores escolas de samba da cidade anunciaram a suspensão de seus ensaios. Agremiações como Grande Rio, Viradouro, Imperatriz Leopoldinense, Império Serrano e União da Ilha emitiram comunicados formais priorizando a segurança de seus integrantes e do público.

A Grande Rio justificou a decisão como forma de “garantir o bem-estar de todos”, enquanto a Imperatriz Leopoldinense expressou o desejo por “um amanhã melhor e mais digno”.

O impacto cultural, no entanto, foi muito além das quadras do samba. A Academia Brasileira de Letras (ABL) adiou seus eventos programados. Na Zona Sul, a Casa de Cultura Laura Alvim remarcou o espetáculo “Palavras de Mulher”.

Até mesmo o show da cantora Paula Toller, na Barra da Tijuca, foi adiado devido ao “ambiente de insegurança”, conforme informou a produção. O tradicional Beco do Rato, no Centro, também interrompeu sua programação, na esperança de retomar as atividades com mais segurança.

Os cancelamentos em cadeia refletem o profundo efeito da operação policial na rotina dos cariocas, mostrando que o conflito nas comunidades se estende para toda a estrutura da cidade.

A retomada da normalidade nas agendas culturais agora depende diretamente do arrefecimento da crise de segurança pública.