Filme com menos de 2h está fazendo sucesso entre os fãs
O filme promete intensificar o terror psicológico - Créditos: Imagem Divulgação UNIVERSAL PICTURES

Com estreia em outubro de 2025, O Telefone Preto 2 dá sequência direta ao sucesso de 2022, desta vez explorando com mais intensidade os elementos sobrenaturais.

Finney e Gwen voltam às telas enfrentando traumas do passado e um novo ciclo de assombros, agora ligados a um acampamento coberto por segredos e espíritos vingativos.

O retorno do Sequestrador transforma Alpine Lake em cenário de horror

O ponto central de O Telefone Preto 2 é a reintrodução do vilão conhecido como Sequestrador (Grabber), que retorna do mundo dos mortos como uma entidade sombria. Embora tenha morrido no primeiro filme, sua presença agora é espiritual — e ainda mais ameaçadora.

A trama se desenrola em um acampamento de inverno isolado, onde Finney e sua irmã Gwen ficam presos com amigos durante uma nevasca. O lugar, antes pacato, torna-se palco de fenômenos paranormais ligados a crimes não resolvidos.

O terror se intensifica quando Gwen, dotada de dons mediúnicos, passa a ter visões com vítimas do Sequestrador. É por meio desses sonhos que ela descobre que apenas ela pode vê-lo — e também impedir que novos horrores aconteçam.

Filme com menos de 2h está fazendo sucesso entre os fãs
O retorno do Grabber aprofunda o terror psicológico e o sobrenatural da história – Créditos: Imagem Divulgação UNIVERSAL PICTURES

Por que Gwen é a chave para romper o ciclo de assombrações?

A conexão espiritual de Gwen com os fantasmas torna-se a peça mais importante para resolver os mistérios de Alpine Lake. Sua sensibilidade mediúnica, agora mais madura, a coloca como alvo direto do Sequestrador.

O grande revelação do filme é que a mãe de Finney e Gwen, Hope Blake, também possuía dons psíquicos. Ela havia descoberto os crimes do Sequestrador quando era jovem conselheira no acampamento Alpine Lake, identificando as vítimas através de visões. Quando encontrou o corpo de uma das vítimas na casa do Sequestrador, ele a descobriu e a matou, disfarçando sua morte como suicídio. Durante anos, a família acreditou que Hope havia tirado a própria vida por não conseguir lidar com suas “alucinações psíquicas”. Esta morte destruiu a família Blake, deixando o pai de Finney alcoólatra e negligente. Gwen herda os mesmos poderes de sua mãe, o que a coloca em perigo semelhante.

Para libertar os espíritos e romper a maldição, ela precisa localizar os corpos de três crianças assassinadas no passado. A tarefa é guiada pelos próprios fantasmas, que suplicam por justiça.

  • As vítimas aparecem em sonhos, revelando pistas enigmáticas sobre seus desaparecimentos
  • As mensagens espirituais exigem coragem e intuição de Gwen para serem decifradas
  • A localização dos corpos é vital para o descanso dos espíritos e fim das manifestações
  • Finney acompanha a jornada, enfrentando seus próprios traumas do sequestro anterior

Elenco de peso e direção experiente elevam o impacto do filme

A sequência se passa em 1982, quatro anos após os eventos do primeiro filme, e segue Finney (agora com 17 anos) e Gwen (com 15 anos).

Com o retorno de Mason Thames e Madeleine McGraw, os protagonistas ganham mais profundidade emocional. Ethan Hawke também volta como o vilão, mesmo que em forma espiritual, mantendo a tensão em cada aparição.
O pai dos protagonistas, vivido por Jeremy Davies, ganha destaque e participa ativamente da busca por redenção, algo que amplia os dilemas familiares do roteiro.

O diretor Scott Derrickson mantém sua marca autoral ao lado de C. Robert Cargill, valorizando o suspense psicológico e a atmosfera angustiante. A trilha sonora e a fotografia contribuem para o clima sombrio do acampamento e os pesadelos vívidos de Gwen.

O filme acerta no clima de tensão, mas com algumas ressalvas

Apesar da recepção majoritariamente positiva, O Telefone Preto 2 também gerou discussões entre críticos. A tensão foi elogiada, assim como o aprofundamento dos protagonistas e o simbolismo sobrenatural da narrativa.

  • Críticas apontam que o ritmo mais lento dilui parte do impacto emocional
  • Alguns personagens secundários são pouco explorados, criando excesso de subtramas
  • O clima sombrio lembra clássicos como “A Hora do Pesadelo”, com toques contemporâneos
  • O arco final fecha de forma coerente, reforçando o elo entre os irmãos