Câmeras de Niterói rastreiam carro usado em assassinato de policial

O Centro Integrado de Segurança Pública (Cisp) da Prefeitura de Niterói foi essencial para a prisão de três suspeitos do assassinato do policial civil Carlos José Queiroz Viana, ocorrido na manhã desta segunda-feira (6), em Piratininga, na Região Oceânica da cidade. (Vídeo abaixo)

O Sistema de Cercamento Eletrônico e as câmeras inteligentes do Cisp permitiram rastrear o veículo Ônix branco utilizado no crime. As imagens ajudaram as forças de segurança a reconstituir o trajeto do carro desde o momento da fuga até Xerém, em Duque de Caxias, onde o veículo foi encontrado incendiado.

Monitoramento 24h e inteligência artificial

De acordo com o secretário de Ordem Pública, coronel Gilson Chagas, a ação rápida só foi possível graças ao uso de inteligência artificial e à integração entre órgãos de segurança.

“Tão logo os agentes da Guarda Municipal que atuam no Cisp souberam do crime iniciaram a coleta de informações. Assim, em contato com os policiais que atendiam a ocorrência, souberam que o veículo utilizado pelos criminosos foi um Ônix branco. Não existia nenhuma outra informação do veículo. Nosso sistema de inteligência artificial fez o rastreamento com os dados disponíveis e identificou o veículo e a rota de fuga utilizada. Foi um trabalho de tecnologia e integração que permitiu um resultado rápido”, explicou Chagas.

O Cisp conta com mais de 600 câmeras espalhadas pela cidade e registra 35 milhões de passagens de veículos por mês. O sistema é acionado sempre que identifica carros com irregularidades, clonagem ou envolvimento em crimes.

Cercamento eletrônico é referência nacional

O Cercamento Eletrônico de Niterói é considerado um dos mais avançados do país. Desde sua implantação, em 2015, o sistema colaborou na recuperação de mais de 650 veículos roubados e na elucidação de diversos crimes complexos.

Além das câmeras, o Cisp possui uma central de inteligência 24 horas e já realizou mais de 4 mil exportações de imagens para investigações da Polícia Civil e Tribunal de Justiça.

“A integração entre as forças de segurança é fundamental para esses bons resultados”, afirmou Felipe Ordacy, secretário do Gabinete de Gestão Integrada de Niterói. “É muito importante que a Prefeitura mantenha esse acompanhamento e união com as polícias. O criminoso não é municipal, nem federal, nem estadual. Temos que nos unir para defender a população, e é isso que Niterói faz”, disse.

Cooperação entre forças

O rastreamento das imagens foi compartilhado em tempo real com a Polícia Civil, Polícia Militar e Polícia Rodoviária Federal (PRF), por meio de convênio de cooperação. A partir daí, os suspeitos foram localizados em Xerém, na Baixada Fluminense.

Entre os detidos, dois são policiais militares. O veículo usado no crime foi incendiado logo após o homicídio, numa tentativa de apagar os rastros.