
A partir desta quarta-feira (1º), os usuários do Pix passam a contar com um botão de contestação de transações, criado para agilizar a devolução de valores em casos de fraude, golpe ou coerção.
Chamado oficialmente de autoatendimento do Mecanismo Especial de Devolução (MED), o recurso pode ser acionado diretamente no aplicativo do banco ou instituição financeira do usuário, sem necessidade de ligar para a central de atendimento.
Como funciona a contestação
Ao contestar uma transação, a informação é enviada imediatamente ao banco que recebeu o valor. Caso haja saldo disponível na conta do suspeito, os recursos são bloqueados na hora.
Em seguida, os bancos envolvidos têm até sete dias para analisar a solicitação. Se confirmarem que se trata de fraude, o dinheiro é devolvido em até onze dias após a contestação.
Segundo o Banco Central, a medida aumenta a chance de recuperação do valor porque bloqueia os recursos antes que o golpista consiga esvaziar a conta.
Quando o botão pode ser usado
O novo recurso é válido apenas para situações de:
- Fraudes (quando o usuário é enganado);
- Golpes (transferência forçada ou induzida);
- Coerção (quando há ameaça ou extorsão).
Não se aplica em casos de erro de digitação da chave Pix, arrependimento de compra ou desacordos comerciais, quando a outra parte agiu de boa-fé.
Caminhos do dinheiro: novidade para novembro
Outra atualização importante do MED começa em 23 de novembro. Será possível devolver valores não apenas da conta usada no golpe, mas também de outras contas para onde o dinheiro foi transferido.
Hoje, muitos fraudadores esvaziam rapidamente a conta que recebeu o Pix e repassam os valores para diferentes contas. A nova regra permitirá identificar esses caminhos do dinheiro e recuperar valores mesmo após transferências.
A medida será obrigatória a partir de fevereiro de 2026 e deve aumentar a taxa de sucesso na devolução.