O que acontece ao beber água quente todas as noites, segundo especialistas

Muitas pessoas adotam o hábito de beber água quente ao final do dia, acreditando que isso trará benefícios ao organismo. Segundo especialistas, beber nessa temperatura pode ajudar a relaxar, favorecer a digestão e estimular a circulação.

No entanto, embora existam indícios positivos, também há alertas científicos sobre o consumo de bebidas muito quentes e os limites seguros dessa prática.

Quais benefícios são atribuídos à água quente?

Entre os efeitos mais comentados, pesquisadores e nutricionistas sugerem que a água quente pode auxiliar na digestão ao relaxar os músculos do trato gastrointestinal.

Também é apontada como capaz de dilatar os vasos sanguíneos, o que pode melhorar a circulação e reduzir a sensação de tensão.

Outro benefício possível é o efeito relaxante antes de dormir: consumir algo quente pode acionar o sistema nervoso parassimpático, ajudando a reduzir o estresse e promover um sono mais tranquilo.

Quais riscos devem ser observados?

Apesar dos potenciais benefícios, o consumo de líquidos muito quentes pode trazer riscos. A Agência Internacional para Pesquisa do Câncer (IARC) classifica bebidas fumegantes como “provavelmente cancerígenas” para o esôfago, quando consumidas a temperaturas acima de 60 °C.

Além disso, não há comprovação científica robusta para muitos dos efeitos benéficos atribuídos à água quente; a maioria das evidências são observacionais ou baseadas em medicina tradicional.

Como adotar esse hábito com segurança?

Para aproveitar os possíveis benefícios e minimizar riscos, algumas orientações podem ajudar:

• Prefira temperaturas moderadas, abaixo de 60 °C;
• Espere esfriar um pouco depois de ferver, antes de beber;
• Use utensílios térmicos seguros e resistentes;
• Se houver histórico de refluxo ou sensibilidade esofágica, consulte um médico antes.

Beber água quente à noite pode ser um momento de conforto e cuidado com o corpo, mas não é garantido que traga todos os benefícios que se afirma. Equilibrar hábitos, ouvir o próprio corpo e buscar orientação profissional é sempre a melhor escolha.