Rio

Fotoidentificação de moreias revoluciona pesquisa no AquaRio

AquaRio implementa fotoidentificação inédita de moreias-tesselata, garantindo bem-estar animal e avanço em pesquisas de conservação marinha.

Moreias com fotoidentificação
Foto: Divulgação

O AquaRio acaba de adotar uma técnica pioneira para monitorar suas moreias-tesselata: a fotoidentificação. A novidade garante bem-estar aos animais, reduz procedimentos invasivos e abre caminho para avanços na conservação marinha.

AquaRio implementa protocolo inovador de monitoramento

O AquaRio, em parceria com o Instituto Museu Aquário Marinho do Rio (IMAM), desenvolveu um protocolo de monitoramento individual de moreias-tesselata (Gymnothorax tessellata) usando a técnica de fotoidentificação.

Moreias com fotoidentificação
Foto: Divulgação

Como funciona a fotoidentificação de moreias

O método consiste em registrar fotograficamente as marcas naturais na cabeça dos animais, que funcionam como “impressões digitais”. Assim, cada indivíduo é reconhecido sem marcações artificiais ou contenções para leitura de microchips, evitando procedimentos invasivos e reduzindo o estresse dos animais.

Validação do método com público leigo

Para validar a técnica, os biólogos do AquaRio criaram um guia de fotoidentificação e convidaram cinco pessoas que nunca haviam tido contato com as moreias para testá-lo. Todas conseguiram identificar corretamente os animais, comprovando que as marcas individuais são de fácil distinção.

Benefícios para pesquisa e bem-estar animal

“A fotoidentificação permite acompanhar o comportamento, a alimentação e criar um histórico clínico de cada indivíduo, além de facilitar a observação de possíveis casais em reprodução, sem necessidade de manejo”, explica Matheus Felix, biólogo chefe do AquaRio.

Moreias com fotoidentificação
Foto: Divulgação

Atualmente, seis moreias-tesselata são monitoradas em um recinto de 26 mil litros com o auxílio de câmeras. O protocolo fornece informações valiosas para pesquisas sobre conservação e comportamento de espécies marinhas, ao mesmo tempo em que favorece a qualidade de vida dos animais sob cuidados humanos.

Potencial para outras espécies e habitats

A técnica pode ser adaptada para o estudo e manejo de outras espécies marinhas, contribuindo para programas de conservação ex situ (em aquários e centros de pesquisa) e in situ (em habitats naturais). Com isso, amplia-se o conhecimento sobre sua biologia e auxiliam-se estratégias de preservação.