
Uma faixa misteriosa se estende por milhares de quilômetros no Oceano Atlântico, ligando a África às Américas. Trata-se do Grande Cinturão de Sargaços, um fenômeno recente e impressionante.
Essa massa de algas marinhas desafia cientistas e preocupa ambientalistas, tanto pelos benefícios quanto pelos impactos que gera nos ecossistemas e na economia.
O que é o grande cinturão de sargaços?
O GASB é formado por sargaço pelágico, uma alga marrom que flutua livremente na superfície do oceano. Embora já existisse em menor escala, seu crescimento exponencial começou há cerca de 15 anos.
Em maio de 2025, satélites registraram 37,5 milhões de toneladas da alga, espalhadas por 8.850 quilômetros — mais que o dobro da largura dos Estados Unidos continentais.

Por que o sargaço está aumentando no Atlântico?
O excesso de nutrientes no oceano alimenta a proliferação do sargaço. Esses nutrientes vêm tanto do mar quanto da terra, em processos naturais e humanos.
- O rio Amazonas transporta grandes quantidades de nitrogênio e fósforo
- O escoamento agrícola leva fertilizantes para os oceanos
- Águas residuais e depósitos atmosféricos intensificam o problema
As correntes oceânicas, como a do Golfo, espalham esse material até o Caribe e o Golfo do México.
O sargaço é sempre prejudicial?
Nem sempre. O sargaço serve de habitat vital para mais de cem espécies marinhas, incluindo peixes e tartarugas. No entanto, em excesso, os impactos se tornam preocupantes.
- Ao encalhar, libera gases tóxicos e sufoca praias
- Cria zonas mortas e afeta recifes de corais
- Prejudica o turismo e a pesca, impactando economias locais
Durante a decomposição, essas algas também liberam gases de efeito estufa, influenciando o clima global.
Como os cientistas querem enfrentar esse desafio?
A comunidade científica alerta para a necessidade de um monitoramento internacional mais robusto. Modelos de previsão ajudam a antecipar grandes manchas e reduzir danos em regiões costeiras.
- Investir em pesquisas de contenção e reaproveitamento
- Diminuir o fluxo de nutrientes nos oceanos de forma sustentável
- Ampliar a cooperação entre países afetados
Com o aquecimento global, outras áreas oceânicas podem sofrer fenômenos semelhantes, o que torna a prevenção ainda mais urgente.
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