
Existe um interesse comum em entender por que muitos adultos acham bebês especialmente encantadores. Essa percepção de fofura tem raízes biológicas, evolutivas e sociais que vão muito além da estética.
Logo nos primeiros contatos, olhares, expressões e movimentos dos bebês despertam reações de cuidado e simpatia. O fenômeno, conhecido como “esquema do bebê”, foi descrito pelo etólogo Konrad Lorenz e ajuda a criar vínculos entre adultos e crianças.
O que explica a fofura dos bebês do ponto de vista evolutivo?
A atração pela aparência infantil tem ligação direta com a sobrevivência da espécie. Em termos evolutivos, quanto maior o cuidado e a proteção recebidos por um bebê, maiores suas chances de crescer e se reproduzir.
Esse impulso instintivo garante que adultos se sintam motivados a cuidar dos pequenos, mesmo que não sejam parentes próximos.

Quais reações o cérebro tem diante de um bebê?
Ao observar um bebê sorrindo, áreas cerebrais associadas ao prazer e ao afeto são ativadas. Estudos em neurociência mostram que rostos de crianças pequenas estimulam a liberação de dopamina, substância ligada ao bem-estar, fazendo com que adultos queiram sorrir, brincar e proteger.
Características físicas que despertam empatia
Algumas das características que possuem esse efeito, segundo Konrad Lorenz, são:
- A cabeça maior em relação ao corpo;
- Olhos grandes e redondos;
- Rosto arredondado;
- Pele macia e traços delicados.
Elas funcionam como gatilhos naturais para empatia e instinto de cuidado. Achar bebês fofos está ligado a mecanismos profundos que favorecem a proteção e o convívio nos primeiros anos de vida.