
O crescimento do consumo de alimentos ultraprocessados tornou-se um fenômeno global nos últimos anos, trazendo à tona preocupações sobre hábitos alimentares. O atrativo principal desses alimentos é a praticidade, aliada a sabores intensos, mas há riscos importantes associados ao seu consumo exagerado.
O que são alimentos ultraprocessados?
De acordo com o Guia Alimentar para a População Brasileira, os alimentos ultraprocessados são:
Formulações industriais feitas inteiramente ou majoritariamente de substâncias extraídas de alimentos (óleos, gorduras, açúcar, amido, proteínas), derivadas de constituintes de alimentos (gorduras hidrogenadas, amido modificado) ou sintetizadas em laboratório com base em matérias orgânicas como petróleo e carvão (corantes, aromatizantes, realçadores de sabor e vários tipos de aditivos usados para dotar os produtos de propriedades sensoriais atraentes).
Vários alimentos entram nessa categoria, como: biscoitos, balas, guloseimas em geral, misturas para bolo, temperos instantâneos, refrigerantes, bebidas lácteas adoçadas e aromatizadas, energéticos e pratos congelados.
Ao contrário de alimentos in natura ou minimamente processados, eles passam por etapas de produção que alteram significativamente sua composição original.
Esses produtos buscam aumentar durabilidade, sabor e aparência, muitas vezes à custa de uma perda nutricional considerável quando comparados aos alimentos frescos.

Quais são os principais riscos à saúde?
O consumo frequente de alimentos ultraprocessados está associado a múltiplos problemas de saúde ao longo dos anos.
Estudos indicam que a ingestão exagerada desses produtos pode colaborar para o desenvolvimento de obesidade, diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares e até alguns tipos de câncer.
Além disso, eles contêm altos níveis de sódio, gorduras saturadas e açúcares adicionados, agentes que contribuem para a elevação da pressão arterial e aumento dos níveis de colesterol, fatores de risco para complicações sérias.
Como identificar um ultraprocessado no dia a dia?
Reconhecer alimentos ultraprocessados vai além do rótulo; é essencial observar a lista de ingredientes. Geralmente, esses produtos apresentam componentes pouco familiares, como corantes, conservantes, aromatizantes artificiais e realçadores de sabor. Para facilitar a identificação, basta seguir algumas dicas práticas:
- Desconfie de alimentos prontos, com validade extensa e sabor intenso artificiais;
- Priorize itens cuja lista de ingredientes seja curta e composta por nomes conhecidos do cotidiano;
- Evite produtos com muitos aditivos químicos e substâncias desconhecidas.
Apesar da conveniência que proporcionam, alimentos ultraprocessados trazem riscos que não podem ser ignorados. Para manter uma alimentação equilibrada, o ideal é buscar variedade, priorizando frutas, legumes, cereais integrais e preparações caseiras na rotina alimentar.