
A bancada do PL na Câmara dos Deputados oficializou nesta terça-feira (16) a nomeação de Eduardo Bolsonaro (SP) como novo líder da minoria.
A escolha ocorre enquanto o parlamentar permanece nos Estados Unidos, onde deve ficar por tempo indeterminado. Nos bastidores, a medida é interpretada como uma estratégia para blindar seu mandato contra possíveis prejuízos por faltas registradas em plenário.
Substituição no comando
A deputada Caroline de Toni (PL-SC), que ocupava a função, renunciou ao posto em ofício enviado ao presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB).
Ela passa a atuar como vice-líder e seguirá representando a minoria no plenário durante as ausências de Eduardo. Na prática, o arranjo mantém suas funções habituais.
O líder do PL, deputado Sóstenes Cavalcante (RJ), exibiu o documento oficializado e afirmou que há respaldo regimental para que Eduardo não seja prejudicado mesmo fora do Brasil.
Blindagem regimental
Segundo Sóstenes, a medida se apoia em um ato da Mesa Diretora de 2015, assinado pelo então presidente Eduardo Cunha, que permite a líderes de partidos justificarem ausência sem prejuízo no painel eletrônico da Câmara.
Com isso, Eduardo poderá exercer o cargo de forma remota, sem riscos de penalidades. Aliados garantem que a rotina da minoria seguirá sem mudanças significativas, com reuniões e discursos feitos por videoconferência.
Próximos passos
Um dos primeiros direcionamentos de Eduardo Bolsonaro como líder será a defesa da anistia para condenados pelos atos de 8 de janeiro de 2023.
Na reunião de líderes, ficou acordado que o pedido de urgência será votado nesta quarta-feira (17). A expectativa é de que o presidente da Câmara trabalhe para derrubar a proposta.