
Niterói - A Prefeitura de Niterói está utilizando abelhas nativas sem ferrão para impulsionar um projeto de reflorestamento no Morro do Boa Vista, em São Lourenço. Os insetos, mantidos em um meliponário instalado no viveiro de mudas da Clin (Companhia de Limpeza de Niterói), estão auxiliando na polinização de mais de 700 mudas de espécies nativas, plantadas em uma área de 2,2 hectares.
O projeto integra um conjunto de ações de sustentabilidade que inclui também a instalação de uma usina solar fotovoltaica com mais de 2 mil módulos, capaz de gerar 1,5 MW de energia limpa, além de um sistema de captação de água da chuva. O investimento é de R$ 7,7 milhões.

Educação e conscientização ambiental
O meliponário tem atraído escolas, estudantes e visitantes interessados em aprender mais sobre a importância das abelhas sem ferrão para o equilíbrio ambiental.
“Quando entendemos que essas abelhas não oferecem risco, passamos a enxergar como o Brasil é rico em biodiversidade e a importância de preservar cada espécie”, explicou o criador Marcelo Campos, que doou as colmeias para o viveiro.
Além da polinização, a iniciativa também fortalece a educação ambiental, despertando a consciência sobre preservação, reflorestamento e biodiversidade.

Viveiro da Clin: um dos pilares ambientais de Niterói
O viveiro da Clin produz anualmente mais de 170 mil mudas de 305 espécies da Mata Atlântica, entre elas pau-brasil, aroeira, ipês, figueira-da-pedra e frutíferas como jabuticaba, açaí e pitanga.
As abelhas sem ferrão não só ajudam na regeneração da floresta como também contribuem para a produção de mel, cera, pólen e própolis.
“O trabalho das abelhas potencializa o crescimento natural da floresta e reforça a resiliência ambiental de Niterói”, destacou o presidente da Clin, Acílio Borges.