Na última quinta-feira (17), Maria José Camilo de Paula, de 53 anos, deixou o Hospital Municipal Oceânico pela porta da frente, após quase um mês lutando contra a Covid-19, e se tornou a paciente número dois mil a ter alta.
Maria José se emocionou ao deixar a unidade sendo saudada pela equipe da unidade e recebida na porta do hospital por familiares. “Eu fui tão bem cuidada que me senti em casa, nem parecia que eu estava em um hospital. Desde o funcionário da limpeza até o médico, todos me trataram com muito carinho, cada detalhe fez a diferença para eu estar saindo pela porta da frente”, contou Maria José, que lembrou ainda como a chamada virtual foi importante para atravessar esse período de internação.
“O contato com minha família foi muito importante, renovou minha esperança, me deu a força e a vitalidade que eu precisava para enfrentar a Covid-19. Apesar desse momento de alegria, gostaria de aproveitar e alertar a todos sobre a importância de não se medicar em casa e dar o devido cuidado a essa doença. Meu conselho é: procure uma unidade médica, lá eles vão saber o que é melhor para você”, alertou a moradora de Itaipu.
“Estou muito feliz com essa marca alcançada hoje pelo Hospital Municipal Oceânico. Ela demonstra que nossas ações no enfrentamento da pandemia da Covid-19 foram acertadas. Quero parabenizar toda a equipe do hospital e da Secretaria Municipal de Saúde pelo belo trabalho que vêm fazendo com empenho, dedicação e carinho pelas pessoas que lutam para sobreviver a essa infecção terrível e desejar à dona Maria José saúde e felicidade. A senhora é uma vencedora!”, disse o prefeito Axel Grael.
O secretário municipal de Saúde, Rodrigo Oliveira, também ressaltou o trabalho que vem sendo desenvolvido pela equipe do Hospital Municipal Oceânico. “Abrimos o Hospital Oceânico em 23 dias e hoje é comparado aos melhores do Brasil. Atingimos 2 mil altas na unidade e quero deixar meus parabéns para toda essa equipe de profissionais competentes e dedicados pelo excelente trabalho que vem sendo feito ao longo desse período tão difícil”, disse.
Tratamento intensivo
Segundo a equipe médica, o quadro dela foi difícil: Maria José chegou a ter 50% dos pulmões comprometidos, mas graças à Cânula Nasal de Alto Fluxo (CNAF), ela não precisou ser entubada. Este equipamento é uma alternativa – presente no Hospital Oceânico – de suporte respiratório, sem máscara e mais confortável. Ela deu entrada na unidade no dia 20 de maio, e quase um mês depois, nesta quinta-feira (17), ela teve alta.
Nem a chuva e o tempo frio neste final de outono foram capazes de estragar a animação dos familiares da Maria José, emocionados eles agradeceram a equipe. “É uma doença muito triste [Covid-19]. Fiquei muito desesperada quando soube que minha mãe estava doente, mas graças aos profissionais do hospital, ela saiu hoje [quinta-feira] pela porta da frente”, falou Thalita Pertuzatti, de 32 anos, filha de Maria.
Gisela Motta, diretora do hospital, reforça a importância dos cuidados para evitar a propagação da Covid-19. “São diversas vidas salvas e mais do que isso, são famílias que não foram desfeitas. Apesar desse momento de alegria, não podemos fraquejar e afrouxar os cuidados, quem puder se vacinar se vacine, porque é apenas com a vacina que iremos vencer esta guerra. Além, claro, de sempre usar máscara, álcool em gel e manter o distanciamento social. Falta pouco para podermos nos abraçar novamente”, lembrou a médica.