
Niterói - Uma infestação de ratos na Escola Municipal Júlia Cortines, no bairro de Icaraí, está provocando revolta entre pais, professores e funcionários. Relatos indicam que os roedores estão circulando livremente por salas de aula e áreas comuns, gerando um ambiente considerado insalubre por quem frequenta a unidade.
A polêmica ganhou força nesta semana, com a ameaça de paralisação por parte dos professores e diversas queixas dos responsáveis, que cobram providências urgentes da Prefeitura de Niterói.
Desratização foi feita com alunos presentes, segundo responsáveis
A situação se agravou após a escola divulgar em uma rede social que a desratização e esterilização do prédio teriam ocorrido na terça-feira (5), sem suspensão das aulas. A justificativa da Fundação Municipal de Educação (FME) foi que os produtos utilizados estariam sendo aplicados em “locais estratégicos”, fora do alcance das crianças.
No entanto, pais e professores contestam a versão e afirmam que os ratos continuam circulando pela unidade. Alguns educadores chegaram a ameaçar não entrar em sala de aula caso o problema persistisse.
O que diz a Prefeitura de Niterói?
Em nota oficial, a Prefeitura de Niterói confirmou que o Centro de Controle de Zoonoses realizou uma vistoria técnica na escola, com ações de controle de vetores, limpeza geral e desratização. A administração informou ainda que uma nova inspeção está sendo feita nesta quinta-feira (7) e que medidas adicionais serão adotadas, se necessário.
“Todas as medidas preventivas foram tomadas e novas ações estão previstas para tranquilizar pais e alunos”, diz a nota.
Impacto na comunidade escolar
A indignação entre os pais é crescente. Muitos consideram inadmissível que o ambiente escolar não esteja seguro, especialmente para crianças em fase de desenvolvimento.
“É desumano manter as crianças dentro de uma escola cheia de ratos. Isso é falta de respeito com a saúde e segurança dos nossos filhos”, disse uma mãe.
Possíveis riscos da exposição a roedores
A presença de ratos em ambientes escolares representa risco elevado à saúde, já que esses animais são vetores de doenças como leptospirose, salmonelose e hantavirose. A situação pode se agravar com a manutenção das aulas durante a aplicação de produtos químicos, o que também preocupa especialistas.