
O Morango do Amor é uma versão moderna da tradicional maçã do amor: um morango fresco envolto por brigadeiro branco e coberto por uma calda de caramelo vermelha crocante, montado em espeto ou servido como bombom. O visual vibrante e “instagramável” conquistou as redes sociais, especialmente TikTok e Instagram, e impulsionou vídeos com receitas, testes e reações.
Como a rede social detonou a febre
- No TikTok, o termo “morango do amor” apareceu em mais de 57 mil publicações em poucas horas.
- Influenciadores e celebridades como Clara Moneke, Carlinhos Maia e Samara Pink compartilharam vídeos consumindo o doce, acelerando sua popularidade.
- Vídeos de degustação atingiram centenas de milhares de visualizações.

O impacto nas vendas e faturamento de confeiteiras
- A Forbes Brasil relatou que confeiteiras faturam até R$ 1.600/dia com o Morango do Amor, com vendas esgotando em poucas horas.
- A rede Sodiê Doces lançou o produto e vendeu 8 mil unidades em um dia, sendo 10% por delivery.
- Em Belo Horizonte, confeiteiras apontaram aumento de faturamento entre 20% e 40%, comparável a uma “segunda Páscoa”.
- Confeitarias, padarias e casas de doces em todo o Brasil já oferecem o doce, inclusive via iFood.
Receita em casa: como preparar o mítico morango caseiro
A receita viral virou tema de tutoriais:
- Brigadeiro branco de leite Ninho envolve o morango
- A calda vermelha é feita com açúcar, vinagre e corante, cozida até atingir ponto de bala dura
- A fruta é espetada e mergulhada na calda, criando uma crosta brilhante e crocante.

Impacto na cadeia produtiva
- A demanda explosionou o preço dos morangos — produtores reajustaram valores de 50% a 100%.
- Pequenas confeiteiras como Priscilla Diniz (Salvador) viram vendas bombarem e expandiram a linha com versões como “Uva do Amor”.
- Até exportações e cafeterias em Nova Iorque vendem a versão por US$ 7,99 (cerca de R$ 44) cada, com vendas diárias acima de 200 unidades.
A ascensão meteórica do Morango do Amor nas redes sociais representa mais do que uma simples tendência gastronômica: é um reflexo de como os hábitos de consumo estão sendo moldados em tempo real por influenciadores digitais, algoritmos e experiências sensoriais compartilhadas.
A união entre estética visual, nostalgia afetiva (por remeter à maçã do amor) e a nova lógica de viralização por desejo imediato criou um produto que vai além do paladar — ele entrega pertencimento, alegria e até mesmo status digital para quem consome e compartilha.

Essa “febre doce” também evidencia o potencial das microempreendedoras e doceiras artesanais, que conseguiram se adaptar rapidamente ao boom de demanda, muitas vezes usando apenas um celular, um perfil no Instagram e uma cozinha doméstica para transformar views em renda.
Com presença já consolidada em padarias, docerias, cafeterias e plataformas de delivery como o iFood, o Morango do Amor se firma como símbolo do novo consumo pop brasileiro: acessível, fotogênico, emocional e conectado.
Se a febre vai durar ou não, só o tempo (e o algoritmo) dirá. Mas, por enquanto, o Morango do Amor é o doce do momento — e talvez o case perfeito de como uma receita simples pode virar um fenômeno nacional com sabor de afeto e empreendedorismo.