Rapper Oruam se entrega após mandado de prisão por 7 crimes

Rio de Janeiro - O rapper Mauro Davi Nepomuceno dos Santos, conhecido como Oruam, se entregou à Polícia Civil no final da tarde desta terça-feira (22), após a Justiça decretar sua prisão preventiva. Ele chegou à Cidade da Polícia, no Jacarezinho, acompanhado da mãe e da namorada.

Declarações antes da prisão

Pouco antes de se apresentar, Oruam gravou um vídeo publicado nas redes sociais, onde afirma:

“Eu errei. Desculpa aí todo mundo. Vou dar a volta por cima e vencer através da minha música.”

Após o vídeo, o perfil do artista saiu do ar. Já ao chegar à delegacia, Oruam declarou:

“Só quero pedir desculpa. Amo muito meus fãs. Estou com Deus. Sou forte.”

Operação e confronto no Joá motivaram prisão

A decisão pela prisão preventiva foi tomada após uma operação da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) que visava apreender um adolescente foragido, acusado de integrar o Comando Vermelho (CV). A ação ocorreu na casa de Oruam, no bairro do Joá, Zona Oeste do Rio.

Agressões contra policiais e fuga de suspeito

Durante o cumprimento do mandado, amigos e o próprio Oruam teriam atacado os agentes com pedras, segundo a Polícia Civil. Um policial ficou ferido, e o menor alvo da operação conseguiu escapar, mas também se entregou horas depois.

Acusações e indiciamento por 7 crimes

Segundo a investigação, Oruam foi indiciado por sete crimes:

• Tráfico de drogas
• Associação para o tráfico
• Resistência qualificada
• Desacato
• Dano qualificado
• Ameaça
• Lesão corporal

A DRE afirma que a residência do rapper teria se tornado um abrigo para criminosos e foragidos da Justiça.

Ligação com chefes do tráfico e críticas da Polícia Civil

De acordo com a polícia, foram encontradas imagens de Oruam ao lado de dois líderes do CV: Doca, chefe do tráfico no Complexo da Penha, e Rabicó, responsável pelo Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo.

O secretário de Polícia Civil, Felipe Curi, declarou:

“Hoje temos certeza de que Oruam é um criminoso ligado ao Comando Vermelho, facção controlada à distância por seu pai, Marcinho VP.”

Resposta do cantor: ‘não sou bandido’

Oruam nega envolvimento com o tráfico e acusa os policiais de abuso de autoridade. Em outro vídeo, declarou:

“Sou artista, vivo da minha música. Não sou bandido. Isso foi um abuso.”