Brasil

Vaquinha para voluntário do resgate do corpo de Juliana Marins já passa de R$ 500 mil

Agam é alpinista e guia na Indonésia e foi quem resgatou o corpo da brasileira no Monte Rinjani.

Agam | Reprodução
Agam | Reprodução

A campanha de arrecadação criada nesta quinta-feira (26) para Agam, o alpinista voluntário que liderou o resgate do corpo da brasileira Juliana Marins, na Indonésia, já superou a marca de R$ 500 mil em doações até a tarde desta sexta-feira (27).

Organizada pelo site Razões para Acreditar, a vaquinha online mobilizou mais de 16 mil doadores em menos de 24 horas.


Campanha ganhou força após comoção nacional

Inicialmente, a meta da vaquinha era de R$ 350 mil, valor que seria dividido com os demais sete voluntários da missão de resgate. Mas diante da resposta massiva do público, a plataforma dobrou o objetivo. Segundo os organizadores, Agam usará parte da arrecadação também para reflorestar montanhas na Indonésia e adquirir equipamentos de resgate.

Site da vaquinha

A ação foi autorizada pelo próprio Agam, já que muitos brasileiros relataram dificuldade para enviar doações diretamente, devido à ausência de PIX na Indonésia.

O site organizador, Razões Para Acreditar

Resgate arriscado e momentos de tensão

Agam e sua equipe desceram quase 600 metros de penhasco com equipamentos limitados, enfrentando chuva, frio intenso e risco de morte. Eles passaram a noite ao lado do corpo de Juliana, preso a uma rocha, amarrados por cordas em condições precárias, sem comida e com apenas um chocolate compartilhado entre todos.

“Quando desci, sabia que talvez não voltasse. Mas ela não podia ficar sozinha lá”, disse Agam, emocionando milhares de brasileiros.

Durante a missão, o alpinista se feriu na perna, mas insistiu em concluir o resgate. Segundo uma tradutora indonésia que acompanhou a história, o grupo acreditava que poderia morrer a qualquer momento, caso chovesse mais.

Agam | Reprodução

Seu perfil pessoal já ultrapassa 1,3 milhão de seguidores, com mensagens de carinho, admiração e agradecimento vindas de brasileiros de todas as partes.

Mesmo relutante em aceitar ajuda financeira, Agam disse que fez o que fez por amor à sua vocação. Ele e o guia voluntário Tyo viajaram por conta própria para o Monte Rinjani ao saberem do caso.