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Estaleiro Mauá debate futuro da indústria naval e offshore

Estaleiro Mauá reúne líderes para discutir o futuro da indústria naval e offshore. Entenda as soluções apresentadas no evento.

Divulgação/Estaleiro Mauá
Divulgação/Estaleiro Mauá

Niterói - Na última quarta-feira (9 de abril), o Estaleiro Mauá, em Niterói, em parceria com o Cluster Tecnológico Naval do Rio de Janeiro, promoveu o seminário Soluções e Inovações de Engenharia Naval e Offshore. O evento reuniu mais de 60 convidados de diversos setores estratégicos da economia marítima.

O objetivo foi fortalecer a integração entre as principais entidades do setor naval, por meio de painéis temáticos e apresentações de empresas associadas ao Cluster, fomentando o networking e o fechamento de parcerias estratégicas.

Divulgação/Estaleiro Mauá

Presença de grandes nomes do setor naval e offshore

Estiveram presentes representantes de instituições como:

  • Associação Comercial e Industrial do Estado do Rio de Janeiro (ACIERJ)
  • ASSCENON (Associação Conselho Empresarial Naval Offshore de Niterói)
  • Capitania dos Portos
  • Companhia Docas do Rio de Janeiro
  • CIAGA
  • Marinha do Brasil
  • Diretoria de Hidrografia e Navegação (DHN)
  • INPH (Instituto Nacional de Pesquisa Hidrográfica)
  • Prefeitura de Niterói
  • FINEP, Firjan, UFF, SEENEMAR, SINAVAL, SOBENA, além de grandes players como Petrobras e Transpetro.

O CEO do Estaleiro Mauá, Eng. Miro Arantes, abriu o evento ressaltando a necessidade de uma indústria naval forte e sustentável:

“Eu tenho 40 anos de experiência no setor e já vivi pelo menos 3 desses ciclos. Penso que existe um dever de casa grande do SINAVAL e de todas as outras entidades no convencimento das autoridades e do governo de que temos que trabalhar por uma indústria forte e perene. Não faz sentido um país diverso como o Brasil, com 8 mil quilômetros de costa fora os rios, não ter uma indústria que possa atender pelo menos às nossas demandas. Tenho certeza que a iniciativa desse evento nos leva a refletir sobre o caminho para essa evolução”.

Divulgação/Estaleiro Mauá

Painéis estratégicos debatem futuro e desafios do setor

O primeiro painel, Parcerias Estratégicas, contou com nomes como Frederico Cupello (Ghenova), Almirante Mário Botelho (ICN) e Iwam Jaeger (Kincaid Mendes Vianna Advogados), debatendo a importância de alianças entre empresas para superar a escassez de mão de obra qualificada e potencializar a retomada do setor naval brasileiro.

O segundo painel, mediado por Luis de Mattos (Vice-Presidente da SOBENA), abordou O Futuro da Indústria Naval/Offshore. Participaram:

  • Almirante Sérgio Chaves (SEENEMAR)
  • João Azeredo (SINAVAL)
  • Professor Newton Narciso Pereira (UFF)

O professor apresentou projeções inéditas para os próximos 25 anos, alertando para novos desafios, como o surgimento de navios de contêineres de grande porte, a necessidade de modernização das frotas e as oportunidades no mercado de reciclagem e descomissionamento de ativos marítimos.

Brasil no cenário internacional e a necessidade de políticas públicas

Segundo dados apresentados no evento, o Brasil representa apenas 0,03% das 7 mil embarcações em construção no mundo, enquanto China e Estados Unidos lideram o setor. O diagnóstico reforça a urgência da implementação de políticas públicas que incentivem a construção naval nacional e aproveitem o potencial do país.

A criação da Secretaria de Energia e Economia do Mar (SEENEMAR) também foi destacada como um passo estratégico para consolidar o Rio de Janeiro como referência em óleo e gás e na formação de mão de obra qualificada.

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Encerramento com mensagem de otimismo

O seminário foi encerrado pelo CEO Miro Arantes, que agradeceu a presença dos participantes e reforçou a importância da união entre empresas, instituições e governos para impulsionar o desenvolvimento da indústria naval e offshore brasileira.