Niterói - O motorista de van suspeito de atropelar e matar o corredor Lucas Celestino, de 27 anos, se entregou à Polícia Civil na noite desta quarta-feira (16), em Niterói, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro.
De acordo com a Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí (DHNSG), o homem compareceu espontaneamente à unidade acompanhado de um advogado, após a Justiça decretar mandado de prisão temporária.
A identificação do condutor foi possível após análise de imagens de câmeras de segurança da BR-101, que flagraram o momento do atropelamento. Durante o depoimento, ele confessou que cochilou ao volante no momento do acidente.
Tentativa de ocultar o crime
As investigações revelaram que, após o atropelamento, o motorista percorreu ao menos seis oficinas mecânicas em busca de reparos para camuflar os danos na van. O homem também é investigado por fraude processual, já que tentou modificar o veículo e omitiu informações importantes à polícia.
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A van utilizada no crime foi localizada e apreendida para perícia. O delegado Mario Lamblet informou que, apesar de o suspeito ter prestado depoimento inicialmente, as informações dadas foram contraditórias e não condiziam com o que a perícia revelou.
Lucas Celestino: rotina interrompida
O corpo de Lucas Celestino, que estava desaparecido desde o dia 8 de abril, foi encontrado no dia seguinte, por agentes da Polícia Rodoviária Federal, próximo ao acostamento da BR-101 (Rodovia Niterói-Manilha), em São Gonçalo. O laudo do Instituto Médico Legal (IML) apontou múltiplas fraturas provocadas por impacto direto com o veículo.
Segundo familiares, o jovem tinha o hábito de correr diariamente às 5h da manhã, antes de ir trabalhar como operador de estacionamento. Nas redes sociais, Lucas compartilhava dicas de corrida e momentos ao lado da esposa, Maria Eduarda Celestino.
Crime e repercussão
O condutor, identificado como Everton Oliveira Lessa da Costa, não prestou socorro à vítima e fugiu do local do acidente. Com base nas provas e nos testemunhos, a Polícia Civil do RJ continua com as diligências para concluir o inquérito e responsabilizar o suspeito por homicídio e fraude processual.
