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Cemitério clandestino do tráfico é encontrado no Rio de Janeiro

Cemitério clandestino do tráfico é encontrado no Rio de Janeiro com oito corpos. Entenda os detalhes dessa operação policial.

Reprodução/TV Globo
Reprodução/TV Globo

Rio de Janeiro - A Polícia Civil do Rio de Janeiro descobriu, na manhã desta quarta-feira (16), um cemitério clandestino do tráfico de drogas no Morro da Caixa D’Água, na região conhecida como Vila Pauline, em Belford Roxo, na Baixada Fluminense. Durante a ação, oito corpos foram encontrados enterrados, e três suspeitos foram presos em flagrante, portando drogas e duas pistolas.

A operação, liderada pela Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF), teve como foco coibir a atuação de facções criminosas que vêm utilizando áreas de mata para ocultar corpos de vítimas executadas. De acordo com o delegado André Cavalcante, titular da DHBF, a investigação já apontava para a existência desses cemitérios clandestinos como estratégia do crime organizado para dificultar investigações de homicídios.

Com o auxílio de cães farejadores e uma retroescavadeira, agentes civis, militares e bombeiros realizaram escavações e localizaram ossadas humanas. Todo o material será encaminhado para análise de DNA e comparação com bancos de dados de desaparecidos, na tentativa de identificar as vítimas.

Segundo informações da Polícia Civil, a região é dominada pelo Comando Vermelho e estaria sob o comando do traficante Everson Alan Soares Conceição, conhecido como “Popeye”. A principal suspeita é que as vítimas seriam integrantes de facções rivais ou até mesmo aliados punidos internamente pela própria organização.

— Sabemos que o tráfico vem adotando a tática de ocultar cadáveres para evitar condenações por homicídio, que têm penas mais severas. Esse tipo de prática dificulta a responsabilização penal dos envolvidos — explicou o delegado Cavalcante.

A operação foi deflagrada com base em denúncias anônimas, e a polícia segue com a investigação para identificar os corpos e localizar outros possíveis pontos de ocultação de vítimas na região.

A descoberta reforça o alerta das autoridades sobre a ação crescente do crime organizado na Baixada Fluminense e a necessidade de ações integradas de segurança pública para combater esses crimes com maior eficácia.