Rio de Janeiro - A Universidade Federal Fluminense (UFF) inaugurou nesta segunda-feira (14) a nova sede do Instituto de Ciências da Sociedade e Desenvolvimento Regional (ESR) em Campos dos Goytacazes, no norte do estado do Rio de Janeiro. O evento histórico contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do ministro da Educação Camilo Santana, parlamentares e lideranças de diversos setores sociais.
O novo campus da UFF em Campos, localizado no bairro Guarus, marca um avanço significativo na interiorização do ensino superior público e gratuito, oferecendo estrutura moderna com mais de 14 mil metros quadrados, 40 salas de aula, 13 laboratórios, biblioteca, auditório, além de espaços de convivência e pesquisa. A nova sede abrigará cursos de graduação como Ciências Econômicas, Ciências Sociais, História, Geografia, Psicologia e Serviço Social, além de licenciaturas nas mesmas áreas.
Segundo o reitor da UFF, Antonio Claudio Lucas da Nóbrega, esta é a primeira vez em 65 anos que um presidente da República visita a instituição. “A presença do presidente Lula representa não apenas um gesto simbólico, mas a entrega de uma estrutura essencial para a transformação social e acadêmica da região”, afirmou.

Investimento estratégico para o interior fluminense
A construção do novo campus foi possível graças a emendas parlamentares da bancada do Rio de Janeiro, entre 2019 e 2021, somadas aos recursos do Programa Reuni, lançado em 2007 ainda no segundo mandato de Lula. No total, foram investidos mais de R$ 72 milhões. A obra vinha sendo aguardada desde 2009 e havia sido interrompida em 2012 por falta de recursos.
Durante a cerimônia, o presidente Lula ressaltou a importância da educação como motor de justiça social e desenvolvimento regional. “Esse campus é a realização de um sonho para milhares de jovens. Precisamos de mais educação, mais inclusão e mais oportunidades no Brasil inteiro”, declarou.
De contêineres à estrutura de ponta
Até então, a UFF Campos funcionava em estruturas improvisadas, como contêineres alugados e prédios compartilhados, que limitavam a qualidade do ensino. A nova sede dobra a capacidade anterior e garante infraestrutura adequada para ensino, pesquisa e extensão, impactando diretamente na redução das desigualdades sociais no interior do estado.
Além das atividades acadêmicas, o campus também é polo de projetos sociais como o Pré-Vestibular Social Jorge da Paz Almeida e a Universidade da Terceira Idade (UNITI), promovendo inclusão digital, formação cidadã e democratização do acesso ao ensino.
Educação como compromisso coletivo
A diretora do campus, professora Ana Maria da Costa, celebrou a conquista como fruto de uma construção coletiva. “Acreditamos que a educação é a base de uma sociedade mais justa e humana. Este campus é um símbolo de resistência e um espaço vivo de transformação social”, destacou.