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Tarifa do metrô do Rio de Janeiro aumenta; a mais cara do país

A tarifa do metrô do Rio de Janeiro aumenta para R$ 7,90, mantendo-se como a mais cara do país. Saiba mais sobre essa mudança.

© Tomaz Silva/Agência Brasil
© Tomaz Silva/Agência Brasil

Rio de Janeiro - A passagem do metrô no Rio de Janeiro sofrerá um novo aumento a partir do dia 12 de abril, subindo de R$ 7,50 para R$ 7,90. O reajuste foi autorizado pela Agetransp, agência reguladora de transportes concedidos no estado, e ainda precisa ser implementado pela Secretaria Estadual de Transporte e Mobilidade Urbana.

Mesmo antes do reajuste, a tarifa carioca já era a mais alta do Brasil, superando cidades como Belo Horizonte e Brasília, onde o valor da passagem é R$ 5,50. Em São Paulo, o preço cobrado é R$ 5,20, enquanto em Porto Alegre, Recife, Salvador e Fortaleza, os valores são significativamente menores.

Reajuste previsto no contrato de concessão

A decisão pelo aumento foi tomada durante a segunda sessão regulatória do ano da Agetransp, realizada na última terça-feira (25). De acordo com a agência, o reajuste anual da tarifa está previsto no contrato de concessão do serviço.

Segundo o MetrôRio, o pedido de reajuste foi enviado à Agetransp no início de fevereiro e calculado com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumulado nos últimos 12 meses.

Tarifa social e impacto no orçamento dos usuários

Apesar do reajuste, o governo estadual mantém uma tarifa social de R$ 5,00, exclusiva para pessoas com renda mensal declarada de até R$ 3.205,20. O subsídio é pago pelo Governo do Estado do Rio de Janeiro.

No entanto, a Agetransp recomendou que a Secretaria Estadual de Transporte e Mobilidade prorrogue a vigência dessa tarifa social, mas até o momento não há confirmação sobre a renovação do benefício.

TCE aponta que passagem deveria ser mais barata

Um relatório do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ) questionou os valores cobrados pelo MetrôRio e apontou que a tarifa justa deveria ser R$ 5,80. A investigação foi iniciada após o deputado estadual Professor Josemar (PSOL) apresentar uma representação contra os reajustes anteriores, alegando irregularidades.

De acordo com a Coordenadoria de Auditoria em Desestatização do TCE, o metrô incorporou aumentos baseados no pico do Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) durante a pandemia, seguido pela alta do IPCA, o que resultou em uma elevação indevida do valor da passagem.

Entre 2021 e 2022, o acumulado do IGP-M foi de 42,62%, enquanto entre 2023 e 2024, o índice de reajuste passou a ser o IPCA, que teve um aumento acumulado de 10,28%. Segundo o TCE, a mudança no cálculo da tarifa contribuiu para a elevação injustificada do preço das passagens.

Comparação das tarifas de metrô nas capitais brasileiras

Confira os valores das passagens de metrô pelo país:

  • Rio de Janeiro: R$ 7,90 (a partir de 12 de abril)
  • Belo Horizonte: R$ 5,50
  • Brasília: R$ 5,50
  • São Paulo: R$ 5,20
  • Porto Alegre: R$ 4,50
  • Recife: R$ 4,25
  • Salvador: R$ 4,10
  • Fortaleza (Linha Sul): R$ 3,60
  • Teresina: Gratuito

Com o novo reajuste, o metrô carioca segue como o mais caro do Brasil, impactando diretamente o bolso dos usuários e levantando discussões sobre a necessidade de uma revisão no modelo de reajuste tarifário.