Niterói - Olá, querido leitor. Saiba que, desde antes de Sérgio Mendes, nossa Niterói é assim. Uma cidade cheia de artistas que, por vezes, não moram nela.
Claro, muitos moram por aqui e seguem sua vida ativamente na cidade — como os já conhecidos Dalto, Marcos Sabino, Babi Fontoura, Biafra, a Bia Bedran, o saudoso Arthur Maia, entre outros. Inclusive da dramaturgia, das artes plásticas e do ballet. Mas existe uma lista de quem meteu o pé e deixou a cidade como visita turística ou familiar em sua vida.
O samba é aqui. Ismael Silva era daqui, mas estava sempre lá pelo Estácio de Sá e adjacências. Leila Diniz, a mesma coisa. Ficou conhecida na banda de carnaval e nas areias do Posto 9, em Ipanema, e nos ambientes artísticos e boêmios cariocas. Ronnie Von, de família abastada da Praia de Icaraí, renegou tudo e foi pra São Paulo ser transformado em “príncipe” pela Hebe. E a lista segue, incluindo gente que, no início, adotou a cidade (Roberto Carlos morou no Fonseca) ou que nasceu nela.
Nicette Bruno, Murilo Benício, Samantha Schmudt, Paulo Gustavo, Eric Marmo, Zélia Duncan, Baby Consuelo do Brasil, Fernanda Young, Antônio Callado, Carlos Alberto de Nóbrega, Irineu Marinho, Luiz Carlos Tourinho, Mauricio sherman, Roberto DaMatta, Cauby Peixoto, Walter Lima Jr, Isaac Bardavid, Natália Lage, Gustavo Black Alien, Marília Medalha, André Marques, Antônio Parreiras, MPB4, Carlos Colla, Claudia Netto, Dedé Santana, Edmundo, Leo Moura, Evaldo Mocarzel, Felipe Barbosa, Fred Martins, Isabelle Drummond, Inácio Rios, Itamara Koorax, Jessé, Jayme Periard, José Loreto, Juliana aknust, Leandro Hassum, Lívia Rossi, Luiza Zveiter, Márcia Cabrita, Márcia Haydée, MC Carol, MC Leozinho, MC Marechal, Mylena Ciribelli, Monique Alfradique, Nonô, Paula Burlamaqui, Paulinho Guitarra, Ronaldo Bastos, Soraya Ravenle, Speedfreaks, Vanessa Rangel, Watusi e Wilza Carla, entre tantos outros.
Sei que estão faltando nomes, e sempre vão faltar. Ou não lembrei ou os amigos não lembraram de me avisar.
Mas quis dizer isso tudo, pra finalizar, concluindo: só pode ser ironia do destino a cidade onde se criou Irineu Marinho não ter uma TV aberta ou uma rádio importante (já teve, a Fluminense FM, A Maldita, mas hoje isso é só memória).
Pelo jeito é através da nova geração, da internet, da TV comunitária e de outras iniciativas independentes, que esse espaço de comunicação, entretenimento e informação será conquistado pela sociedade. Não custa refletir.
Beijos e abraços e até março!