O mundo do samba amanheceu mais triste nesta segunda-feira (18). José Luís de Souza, conhecido como Maria Preta, faleceu aos 69 anos, deixando um legado inesquecível para o carnaval e a Unidos do Viradouro, de Niterói, onde integrou a ala de compositores por mais de 20 anos. Entre suas contribuições está o histórico samba-enredo “O Alabê de Jerusalém”, que conquistou o prêmio Estandarte de Ouro do jornal O Globo em 2016.
Luta contra complicações de saúde
Maria Preta estava internado há cerca de dez dias no Hospital Miguel Couto, no Leblon, devido a complicações do diabetes. Apesar dos esforços médicos, ele não resistiu. Informações sobre o velório e o sepultamento ainda não foram divulgadas.
Um ícone de generosidade e liderança comunitária
Reconhecido pela sua generosidade e espírito comunitário, Maria Preta era uma figura querida por amigos e admiradores. Residente da Tijuquinha, na Zona Oeste do Rio, ele se destacou como uma liderança local, sempre atuando em prol da sua comunidade. Seja compondo sambas ou intercedendo por melhorias junto à classe política, sua honestidade e dedicação eram marcas registradas.
Além do samba, Maria Preta também era serralheiro, profissão na qual criava verdadeiras obras de arte com as mãos. Sua paixão pela Viradouro era tão grande quanto seu amor pelo Flamengo, clube que ele acompanhava fervorosamente. Ele deixa a esposa, Rosângela Maria, e filhos, que sempre estiveram ao seu lado.
Participação até os últimos momentos
Mesmo com a saúde debilitada, Maria Preta não abandonou o samba. Ele participou do concurso de samba-enredo da Viradouro para o Carnaval 2025, embora não tenha alcançado o mesmo sucesso de edições anteriores, como em 2018, quando foi finalista, e 2019, quando chegou à semifinal.
A Unidos do Viradouro e toda a comunidade do samba perdem um grande nome, mas o legado de Maria Preta viverá eternamente nos versos e melodias que marcaram o coração dos apaixonados pela folia.