Economia

Bets não autorizadas serão suspensas nesta semana

O que acontece com as apostas não autorizadas no Brasil? Descubra neste artigo as medidas de suspensão e bloqueio de sites.

© Joédson Alves/Agência Brasil
© Joédson Alves/Agência Brasil

A partir desta terça-feira (1º), as bets (empresas de apostas eletrônicas) que não solicitaram autorização para operar no Brasil terão suas atividades suspensas. A medida será válida até que as empresas façam o pedido formal e obtenham a permissão da Secretaria de Prêmios e Apostas do Ministério da Fazenda.

Bloqueio de Sites Não Autorizados

Apesar da suspensão, os sites de apostas não autorizados continuarão acessíveis até o dia 11 de outubro, quando serão retirados do ar pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, informou que até 600 páginas e aplicativos serão bloqueados.

Prazo para Resgate de Saldos

O Ministério da Fazenda concedeu um prazo de dez dias para que os apostadores possam resgatar seus saldos nos sites que serão suspensos. Haddad fez um alerta:

“Se você tem algum dinheiro em casa de aposta, peça a restituição já, porque você tem o direito de ter seu valor restituído. Estamos avisando todo mundo”.

Empresas Autorizadas e Pedido de Operação

A lista de empresas que já pediram autorização está disponível no Sistema de Gestão de Apostas (Sigap) do Ministério da Fazenda. Até esta segunda-feira (30), 158 empresas já haviam solicitado permissão, com um total de 162 pedidos.

De outubro a dezembro, apenas os sites autorizados e que já estavam em operação poderão continuar funcionando. As empresas que não solicitaram ainda a permissão poderão fazê-lo a qualquer momento, mas serão colocadas no fim da fila de análise, podendo levar meses para terem seus pedidos processados.

Valores de Outorga e Punições

Após a aprovação, as empresas deverão pagar uma taxa de R$ 30 milhões para operar legalmente por cinco anos com até três marcas, conforme a Lei 14.790/2023, que legalizou as apostas eletrônicas no Brasil.

A partir de janeiro de 2024, as empresas que operarem sem autorização estarão sujeitas a multas que podem chegar a R$ 2 bilhões por infração.