Trânsito

Linha Vermelha é fechada com urgência no Rio

Linha Vermelha interditada com urgência no Rio de Janeiro. Saiba o motivo e como a ocorrência foi solucionada.

Divulgação/Centro de Operações Rio
Divulgação/Centro de Operações Rio

Na manhã desta terça-feira (01/10), a Linha Vermelha foi temporariamente interditada na altura da Maré, no sentido Baixada Fluminense. A ação contou com a participação da Polícia Militar e da CET-Rio.

Durante o bloqueio, a Avenida Brasil foi recomendada como rota alternativa para os motoristas que transitavam pela região.

Urgência Médica – Doação de Órgãos

A Polícia Militar informou que a interdição foi realizada em função de uma doação de órgãos em caráter de urgência. O receptor estava em estado grave, necessitando da rápida chegada do órgão. A operação foi concluída com sucesso e a via foi liberada logo após o término da ação.

O fígado foi trazido em um voo de Vitória, no Espírito Santo, pousou às 7h da manhã no Rio e seguiu em um carro da Secretaria de Saúde, do Aeroporto Galeão até o Hospital Adventista Silvestre, no Cosme Velho, onde o paciente está internado.

Trânsito Normalizado

Com o encerramento da operação, o tráfego na Linha Vermelha já flui normalmente, sem mais interdições no local.

Paciente de 69 Anos

Na manhã desta terça-feira (1º), o fígado que causou uma grande mobilização no Rio de Janeiro foi finalmente transplantado. Maria Elena Gouveia, de 69 anos, recebeu o órgão em uma cirurgia realizada no Hospital Adventista Silvestre, no Cosme Velho, Zona Sul do Rio. Segundo a unidade de saúde, referência em transplantes de fígado, a operação foi bem-sucedida e sem complicações. A paciente encontra-se em estado de saúde estável.

Hospital Adventista Silvestre é considerado referência no transplante de fígado | Foto: Divulgação

Cirurgia Sem Intercorrências

A cirurgia durou pouco mais de três horas e, felizmente, Maria Elena não precisou de transfusões de sangue. Após o procedimento, a paciente deixou o centro cirúrgico acordada e conversando, com o órgão funcionando plenamente e todos os vasos em perfeito estado.

Até o final da tarde, Maria Elena estava no CTI, respirando normalmente, sem a necessidade de suporte de aparelhos. Exames indicam que seus rins estão funcionando adequadamente.

A Saga

Antes de chegar a Maria Elena, o fígado percorreu uma jornada que chamou a atenção de muitos cariocas. O órgão foi transportado por uma operação que envolveu o fechamento da Linha Vermelha, em ambos os sentidos, para garantir que o carro da Secretaria de Estado de Saúde (SES), com auxílio de batedores da Polícia Militar, chegasse ao destino rapidamente.

Reprodução/TV Globo

A história começou na segunda-feira (30), quando o RJ Transplantes (Central Estadual de Transplantes) recebeu o aviso de uma doação de fígado vinda de Vitória, no Espírito Santo. O doador, um homem de 55 anos, sofreu morte encefálica. Como não havia um receptor compatível no estado de origem, o órgão foi oferecido ao Rio de Janeiro.

Transporte Aéreo e Linha Vermelha

O fígado chegou ao Aeroporto do Galeão na manhã de terça-feira, trazido por um avião. Embora o transporte de órgãos geralmente seja feito de helicóptero, o Hospital Silvestre não tem área de pouso devido à sua localização próxima ao Corcovado. Por isso, foi necessário transportar o órgão por terra, com a escolta policial pela Linha Vermelha, que teve o trânsito temporariamente fechado.

Obstáculos para a Receptora

A receptora, Maria Elena, enfrentou seu próprio desafio. Moradora de Belford Roxo, ela teve dificuldades para sair de casa e chegar ao hospital devido a um tiroteio em sua região. De acordo com a equipe médica, ela deveria ter chegado à unidade na segunda-feira, mas só conseguiu se deslocar às 6h da terça-feira.

Apesar dos obstáculos, o transplante foi um sucesso, e a Secretaria de Estado de Saúde (SES) divulgou que, de janeiro a setembro de 2024, o RJ Transplantes já recebeu 23 órgãos para transplante e enviou outros 14 para estados vizinhos, contribuindo para salvar vidas.