Ministério Público

Quadrilha de agiotagem tinha rede de escritórios no Rio e Niterói

Foto: José Cruz/Agência Brasil
Foto: José Cruz/Agência Brasil

O Grupo de Atuação Especializada no Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (GAECO/MPRJ) apresentou à Justiça uma denúncia contra 12 pessoas acusadas de integrar uma organização criminosa que operava um esquema de agiotagem e extorsão associado à lavagem de dinheiro.

Segundo as investigações, a quadrilha coordenava uma rede de escritórios de agiotagem em várias localidades, incluindo Rio de Janeiro, Niterói, São Gonçalo e Maricá.

De acordo com o GAECO/MPRJ, os acusados utilizavam empresas de fachada e “laranjas” para mascarar a origem ilegal dos recursos obtidos com essas atividades criminosas. Segundo divulgado pelo MPRJ, entre as empresas envolvidas no esquema estão a Ômega Planejados & Decorações, a Construtora MR Empreendimentos Imobiliários e a Ferreira & Fonseca Consultoria e Monitoria.

As investigações conduzidas pelo GAECO/MPRJ, em parceria com a Coordenadoria de Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro (CCLD) da Polícia Civil, revelaram que, entre 2010 e 2013, a empresa Ômega movimentou mais de R$ 6 milhões. A Ferreira & Fonseca, por sua vez, foi identificada como recebedora de depósitos fracionados de diversas pessoas físicas, valores característicos de pagamentos relacionados à agiotagem.

O MPRJ afirma que a quadrilha operava de maneira estruturada, registrando as informações das vítimas em um escritório central conhecido como “controle”, que coordenava todas as ações do grupo. “Além disso, os líderes da organização adquiriram diversos imóveis em um curto período, acumulando um patrimônio imobiliário milionário, com o intuito de ocultar e dissimular os recursos ilícitos gerados pelas suas atividades criminosas.” diz o MPRJ.

A denúncia foi acatada pela 3ª Vara Especializada em Organização Criminosa, e os promotores seguem acompanhando o caso.