O Sindicato dos Rodoviários de Niterói a Arraial do Cabo (Sintronac) realiza, nos dias 12 e 13 de abril, votação para que a categoria possa decidir ou não pela greve, prevista para o próximo dia 26, que reivindica a inclusão dos profissionais de transportes coletivos no grupo prioritário para a vacinação contra o Covid-19.
“O resultado do plebiscito entre os rodoviários será anunciado até 16 de abril. É importante destacar que todos os votantes têm que apresentar suas carteiras funcionais e haverá uma lista com as assinaturas para comprovar a isenção do processo. Vivemos um momento muito difícil da pandemia e assembleias provocariam aglomerações, o que é muito perigoso”, destaca o presidente do Sintronac, Rubens dos Santos Oliveira.
O secretário de Trânsito e Transportes de Niterói, Murilo Moreira Júnior, se reuniu com a diretoria do Sintronac, na sede da entidade, e prometeu levar, ainda essa semana, ao Gabinete de Crise municipal, criado para o combate à pandemia, a proposta de que os rodoviários sejam incluídos no grupo a ser imunizado com a chegada das 800 mil doses da vacina russa Sputnik V, prevista para maio.
A greve proposta pela diretoria do Sintronac, com início em 26 de abril, pretende reunir, por adesão, rodoviários do Rio de Janeiro, Niterói, Maricá e Itaguaí, além de metroviários, ferroviários e trabalhadores das barcas, que, apesar de integrarem os grupos prioritários no Plano Nacional de Vacinação, foram deixados de fora nas campanhas de imunização dos municípios. Os rodoviários da capital, Duque de Caxias e Nova Iguaçu já sinalizaram que estão dispostos a integrarem o movimento.
No entanto, o Sintronac pretende expandir a mobilização para todos os municípios de sua área de atuação, que inclui: Araruama, Armação dos Búzios, Arraial do Cabo, Cabo Frio, Iguaba Grande, Itaboraí, Maricá, Niterói, Rio Bonito, São Gonçalo, São Pedro da Aldeia, Saquarema e Tanguá.
“Os trabalhadores em transportes são essenciais na hora de servir, mas não o são para a vacinação. Isso não está correto. Há companheiros internados nos hospitais públicos, muitos morreram e nosso contato com o público é direto, até na hora de pegar dinheiro e dar o troco das passagens. Também estamos sem reajuste salarial há 18 meses e sofremos pesadas demissões no setor. Poucos trabalhadores foram tão sacrificados por essa pandemia. O que está acontecendo não é justo”, conclui Rubens Oliveira.