Em média, 17% do salário do brasileiro já tem destino certo: a conta de luz. A proporção, apresentada por um estudo do Centro Técnico Científico da PUC Rio, é a maior do mundo. No verão, o cenário se agrava ainda mais com o uso crescente de eletrodomésticos, como ventiladores e ar condicionados. Para reduzir em até 30% os gastos de empresas e casas com energia elétrica, o Sindistal (Sindicato da Indústria de Instalações Elétricas, Gás, Hidráulicas e Sanitárias do Rio de janeiro) está disponibilizando o Programa de Gestão em Eficiência Energética (PGEE).
A proposta é aplicar soluções técnicas para diminuir e otimizar o consumo de energia elétrica através de sistemas fotovoltaicos (painéis de energia solar), geradores a gás e outras. Com 140 empresas aptas a oferecer o serviço, o programa atende todo o Estado do Rio. “O PGEE não só reduz e otimiza o consumo de energia, mas também promove a consciência da necessidade do uso racional dela. Além disso, atua na busca de alternativas energéticas, mais sustentáveis e economicamente mais viáveis, sem perda do conforto ou da relevância de seu uso final”, explica o presidente do Sindistal, Fernando Carlos Cancella.
Economia e eficiência
A Solfortes, uma das empresas integrantes do programa, oferece a energia solar como alternativa à forma tradicional de consumo. Segundo o diretor da empresa, Pablo D’Ornellas, o setor fotovoltaico cresce de 200% a 300% ao ano no Estado do Rio. Para ele, alguns fatores contribuem para a alta. O empresário defende que, além do aspecto ambiental, esse tipo de instalação ajuda a equilibrar as finanças domésticas e empresariais. “O fim da imprevisibilidade é um dos principais benefícios. O consumidor elimina o custo recorrente e não fica suscetível às variações de taxas elétricas. Dessa forma, pode ter um planejamento de gastos mais preciso”, explica.
No caso de empreendimentos comerciais, Pablo aponta ainda outra vantagem. “A instalação em empresas e indústrias estimula o crescimento da área no entorno, porque os altos gastos com conta de luz deixam de ir para grandes hidrelétricas e passam a ser investidos na geração de empregos e na economia local”, esclarece. destacando que a energia solar gera uma economia anual de R$ 250 no consumo de energia elétrica por metro quadrado instalado. A diferença pode ser um alívio no bolso do consumidor, já que o preço do
megawatt/hora cobrado no Brasil é o quinto mais caro do mundo, de acordo com um estudo divulgado no ano passado pelo Instituto Ilumina.
Como funciona
Para ter acesso ao PGEE, os interessados devem acessar o site www.sindistal.org.br, clicar na aba “Central de Serviços” e preencher um formulário com informações básicas e apontar o tipo de serviço que buscam. Em seguida, as empresas que atendem ao tipo de demanda apresentada entram em contato para realizar um diagnóstico e um orçamento, caso interesse ao consumidor, elaborar um projeto de otimização de consumo.
Mais informações sobre o PGEE e adesão ao programa também estão disponíveis através dos canais de comunicação do sindicato: (21) 2240-1826, [email protected], www.sindistal.org.br ou APP SINDISTAL.