Um dos símbolos mais conhecidos do Natal no Rio de Janeiro volta à cena depois de dois anos. A Árvore de Natal da Lagoa Rodrigo de Freitas, que foi montada pela última vez em 2015, será novamente instalada este ano. Sem patrocínio, a árvore deixou de ser montada em 2016 e 2017, interrompendo uma tradição de 20 anos.
Agora chamado de Árvore do Rio, o ícone do Natal carioca volta com patrocínio da BR Petrobras. A informação foi divulgada em entrevista coletiva nesta terça-feira (6). Os valores investidos não foram revelados. A inauguração será no dia 1º de dezembro, com um grande show musical e de fogos, com estimativa de público de 200 mil pessoas.
O presidente da BR Petrobras, Ivan de Sá, disse que a volta da árvore, que tem 70 metros de altura e é enfeitada por 900 mil lâmpadas de led, coincide com o momento positivo vivido pela empresa, com as tendências favoráveis do mercado de petróleo e a retomada dos investimentos.
“Para a BR, isto é muito importante, pois estamos em um momento de crescimento da empresa. Nós estamos passando por uma transformação. A BR abriu capital há menos de um ano, com excelentes perspectivas”, afirmou Ivan.
Segundo o empresário Roberto Medina, fundador do Grupo Artplan e idealizador da Árvore da Lagoa, a volta do símbolo natalino representa um momento positivo tanto para o Rio de Janeiro quanto para o Brasil, com a perspectiva do fim da crise. “Eu realmente vejo isso. Os projetos estão se alinhando. A gente vem de uma crise econômica e política muito grave. As coisas estão se acomodando. Eu estou bem mais otimista”, disse Medina.
Presente ao lançamento, o governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, também projetou um futuro melhor para o estado, inclusive pela recuperação do preço do barril do petróleo, item fundamental na economia fluminense. “Eu peguei 14 meses de governo com o preço do barril do petróleo a US$ 28 e 12 meses a US$ 32. Não foi fácil. Agora está variando na casa de US$ 75 a US$ 80, o que melhora muito a situação do estado, que ainda tem uma economia muito dependente do petróleo.”
Pezão disse que o próximo governador do estado, Wilson Witzel, vai ter instrumentos para não passar o que ele passou. “Eu não quero que ele passe o que eu passei”, afirmou. Segundo Pezão, nos últimos anos, o estado do Rio perdeu R$ 40 bilhões em arrecadação por causa da crise, principalmente no setor do petróleo, com a queda dos preços internacionais e os escândalos que envolveram dirigentes da Petrobras, que frearam os investimentos da companhia.
A Árvore do Rio ficará acesa todas as noites até o dia 6 de janeiro. O projeto cenográfico é de Abel Gomes. A construção da árvore envolve cerca de 1.200 pessoas, entre produtores, engenheiros, técnicos e artistas.
Ebc
Foto: Divulgação