Tragédia

Familiares e amigos de pastora morta em Niterói fazem manifestação em frente a delegacia

Segundo Luanda Rosin, irmã da vítima, Derivaldo dirigia em alta velocidade no momento do acidente.

Reprodução
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Familiares e amigos da enfermeira e pastora Letícia Gabriela de Souza Fernandes Rosin, de 39 anos, que perdeu a vida em um trágico atropelamento em Itaipu no começo da semana passada, reuniram-se na entrada da 81ª Delegacia de Polícia (Itaipu) na manhã deste domingo (14) exigindo justiça e uma investigação rigorosa do caso. Eles alegam que o motorista, identificado como Derivaldo Mello, de 43 anos, responsável pelo atropelamento, estava sob efeito de álcool durante o incidente.

Letícia Gabriela de Souza Fernandes Rosin

O trágico acidente ocorreu na noite de terça-feira (09). Letícia e seu esposo, pastor Sérgio Cordeiro, estavam numa motocicleta na Estrada Everton da Costa Xavier, direção ao Centro, descida da Serra Grande, em Várzea das Moças, quando um carro de passeio que seguia no mesmo trajeto os atingiu. O carro não só colidiu com a motocicleta, mas também com outro veículo e um poste, conforme relatos de testemunhas.

O esposo de Letícia ficou ferido, enquanto ela não resistiu aos ferimentos. O pastor Sérgio Cordeiro dos Santos, de 43 anos, esposo de Letícia, sofreu fraturas na clavícula e no tornozelo, precisando passar por cirurgia. O pastor está em casa se recuperando.

Letícia era da igreja Assembleia de Deus Rios de Água Viva, na comunidade de Bonsucesso, em Piratininga, Região Oceânica de Niterói. Ela deixa uma filha de 23 anos, e dois filhos de 9 e 21 anos.

Segundo relatos da família, o condutor foi socorrido e interrogado, mas acabou liberado após ser atendido por médicos. Segundo informações ele teria sinais de embriaguez, estaria em alta velocidade e sem habilitação. Segundo Luanda Rosin, irmã da vítima, Derivaldo foi liberado quando estava no Hospital Estadual Azevedo Lima, no Fonseca, sem fazer exame toxicológico.

A Delegacia de Itaipu (81ª DP), informou que as investigações seguem em curso, com a realização da perícia no local do acidente e outras diligências necessárias para a elucidação completa dos fatos.

Indignação

A família de Letícia manifesta profunda indignação devido à falta da realização dos exames de alcoolemia e toxicológicos necessários. Eles alegam que o motorista estava aparentemente embriagado e sob efeito de entorpecentes, conforme indicam vídeos gravados por testemunhas no local.

Testemunhas relatam a presença de garrafas de cerveja e pinos de drogas no interior do veículo. A família criticou a atuação da Polícia Militar. Os familiares e amigos da pastora contestam a soltura do motorista.

Homicídio doloso

Os advogados da vítima estão organizando as provas para encaminhá-las ao Ministério Público, visando pedir que o caso, inicialmente registrado como homicídio culposo, seja reclassificado para doloso.

Com base nas evidências, será solicitada pelos advogados a mudança na tipificação do crime para homicídio doloso. Segundo os advogados, sob a ótica do dolo eventual, o motorista, ao dirigir sem habilitação, claramente embriagado e omitindo socorro, assume plenamente o risco de causar o resultado morte, configurando-se, assim, o homicídio doloso.