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Vaquinha arrecada R$ 1,3 milhão para niteroiense que salvou crianças em Dublin

Caio Benício | Foto: Reprodução
Caio Benício | Foto: Reprodução
Caio Benicio, de Niterói, vive na Irlanda há um ano. Caio trabalha como entregador na cidade de Dublin.

Em Dublin, na Irlanda, um verdadeiro herói, emergiu das ruas para proteger crianças inocentes. Caio Benício, um entregador niteroiense de 43 anos, passou a ser admirado em todo mundo depois de enfrentar corajosamente um homem que esfaqueava crianças em frente a uma escola. Sem hesitar, Caio deu uma “capacetada” na cabeça do agressor, impedindo-o de causar mais danos.

Caio é agora celebrado como um verdadeiro herói na Irlanda. Sua nacionalidade brasileira tem sido amplamente divulgada pela imprensa local, em contraste com a discrição da polícia sobre a origem do agressor para evitar a xenofobia.

A gratidão e admiração pelo ato heroico de Caio se estenderam além das palavras. Uma vaquinha online intitulada “compre a Caio Benício uma cerveja” foi criada para retribuir sua bravura. Surpreendentemente, mais de 240 mil euros (cerca de R$ 1,28 milhão) foram arrecadados até agora, provenientes de quase 23 mil pessoas. Uma pessoa generosa e anônima até enviou 1.500 euros (equivalente a R$ 8.000) para mostrar seu apoio.

Caio Benício, de Niterói para o mundo, se tornou um símbolo de coragem e altruísmo em Dublin. Sua história inspiradora nos lembra que os verdadeiros heróis podem surgir de qualquer lugar, prontos para enfrentar o mal e proteger os mais vulneráveis.



“O homem é um herói e o mínimo que podemos fazer é comprar uma cerveja para ele, então peço que você doe o preço de uma cerveja Guinness em sua localidade para Caio, para que ele saiba que o povo de Dublin o aprecia”, escreveu Paul Darcy, homem que criou a vaquinha. Segundo Paul, o site já entrou em contato com Caio, que receberá o valor arrecadado.

Entrevistas à imprensa

Em uma entrevista ao jornal Irish Daily Mirror o entregador niteroiense, da empresa Deliveroo, Caio Benício contou que deteve o agressor com um capacete. Pai de dois filhos e niteroiense, ele explicou ao jornal que estava passando pela Praça Parnell quando viu o que parecia ser uma briga. “Eles estavam brigando por uma criança, estavam puxando uma criança”, disse o ex-proprietário de um restaurante em Niterói.



“Simplesmente parei minha motocicleta e o vi esfaqueando-a várias vezes no peito”, contando que tirou o capacete e começou a golpear o agressor. “Eu bati na cabeça dele e ele caiu no chão. Depois disso, bati nele algumas vezes e então as pessoas vieram e começaram a chutá-lo”, contou.