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Política de Niterói: A luta pela recuperação do Caio Martins

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Divulgação

Complexo Caio Martins é a maior e mais importante arena esportiva de Niterói, desde que foi criado há 80 anos. Palco de grandes shows, campeonatos nacionais de Vôlei e Basquete na sua quadra e tantas outras grandes disputas esportivas, inclusive de Atletismo. Ali também funcionou a Secretaria de Esporte e Turismo, a Feira Comunitária e outros destacados eventos, inclusive de Atletismo. As escolinhas de Natação, Futebol e outras modalidades foram sempre concorridas e prestigiadas pela comunidade.

No Caio Martins também funcionava todas ou quase todas as entidades esportivas de Niterói, num acordo com a Prefeitura de Niterói e o Estado, que sempre foi o gestor público do Complexo.

Apesar de alguns problemas como as enchentes que nunca foram resolvidas no entorno do Complexo, a população nunca desdenhou de sua arena esportiva. No entanto, chorou, lamentou e jamais aceitou que o Caio Martins fosse transformado em um presídio na época da Ditadura Militar. Um horror, humilhações, torturas, atingindo mais de mil pessoas de Niterói e de outras cidades que foram jogadas e abandonadas no local, como artistas, advogados, jornalistas, líderes sindicais, professores, etc…

Na gestão de Luiz Carlos Gallo de Freitas, como Coordenador do Complexo, este entregou salas para cada entidade esportiva da cidade. Uma retomada e apoio importantes para essas associações, que além de planejarem suas atividades se conectavam uma com as outras para o desenvolvimento do esporte no município.

Politicagem ou outro termo que se queira dá levou o coordenador substituto de Gallo a despejar as entidades esportivas do Caio Martins. Um retrocesso e uma visão caolha de administração, contrariando o trabalho desenvolvido pelas associações.

O Complexo foi se deteriorando por falta de administração e responsabilidade do Estado. Esperava-se que com o convênio assinado pelo Estado com o Botafogo, para uso do Estádio, fosse melhorar as condições técnicas e as atividades esportivas gratuitas oferecidas à população.

Pelo contrário, o Complexo virou um grande problema para a sociedade de Niterói, a Prefeitura e o Estado, pela omissão, pelo abandono, com goteiras, teto caindo e a piscina interditada por total falta de condições de uso, colocando em risco crianças e idosos que ali praticavam suas aulas. Piorou na pandemia e também se acentuou a desmotivação dos profissionais e professores das atividades que, além, das condições mínimas para trabalhar, eram mal renumerados.

A comunidade de alunos, pais e professores, políticos, começaram a se movimentar e protestar contra o abandono do maior patrimônio esportivo da cidade. E ai também se apresentaram os “salvadores da Pátria” e até projetos mirabolantes para derrubar o Caio Martins e construir um Shopping.

Reuniões preliminares começaram a ocorrer entre o Estado e a Prefeitura, numa ação esboçada pelo secretário de Esporte de Niterói, Luiz Carlos Gallo de Freitas. A questão chegou ao Ministério Público, até ocorrer a Primeira Audiência Pública, realizada no Estádio, no dia 17 de agosto de 2023. Alguns avanços começaram como a recuperação da piscina e as atividades de natação voltaram ao normal.

Na audiência pública, o secretário estadual de esporte, Rafael Picciani, foi firme ao rechaçar qualquer fake news em relação ao Complexo. “Não haverá construção de shopping. Aqui, é um ambiente esportivo e de cultura. Esta é uma decisão do governador”, destacou. Picciani também disse que as obras de contenção de drenagem no entorno vão começar assim como vai acabar o barulho do teto.

O Assessor Especial de Governo do Estado, Bruno Lessa, disse que o Estado não abre mão de manter a natureza esportiva do equipamento e que no site caiomartins.rj.gov.br a população poderá se manifestar sobre o futuro do Caio Martins.

Representando a Prefeitura de Niterói, Luiz Vieira, Secretário de Administração, disse que é importante ouvir e discutir o tema para que os moradores tenham o equipamento de volta, resgatando a relação histórica e de carinho com o Caio Martins.

Há consensos, questionamentos e divergências, principalmente, em “rasgar” o estádio para melhorar a mobilidade urbana. Na visão de alguns, o mercado imobiliário é o mais interessado.

Mesmo com posturas divergentes, várias lideranças políticas que se digladiam nas Câmaras se uniram pela retomada do Caio Martins.

É um avanço!

Mário Sousa, jornalista e escritor

Jornalistas homenageados

A OAB de São Gonçalo fez uma solenidade homenageando com justiça destacados jornalistas, entre eles: Serginho Total, Rujany Martins, Nelson Carneiro, Renata Idalgo, José Carlos Rocha, Jesuíno Dias.

Tempos quentes 1

Na Câmara de Niterói, o tempo esquentou entre os vereadores Leandro Portugal (PV) e Túlio Motta (PSOL). Leandro foi acusado de “moleque de recado do mercado imobiliário” por Túlio, que foi chamado de “palhaço” por Leandro.

Tempos quentes 2

Na plenária nacional do partido Cidadania o tempo esquentou entre o presidente do Diretório Nacional, Roberto Freire, e membros do partido. Muitos xingamentos e quase sopapos.

Deixa a Câmara

O ex-presidente da FAN e suplente de vereador Marcos Sabino deixou a Câmara de Vereadores de Niterói.

Apoio

Afinal, quem o deputado federal do PT Quaquá vai apoiar para Prefeitura de Niterói? Sinalizou que a candidata era a deputada estadual Verônica Lima e recentemente já se apresentou com a pré-candidata do Psol Talíria Petrone. Deixando claro que Quaquá é ex-prefeito de Maricá.

Comunicação

Podemos ter surpresa no mercado da Comunicação em Niterói.

Trilhas

Niterói vai receber mais de mil pessoas e trilheiros no II Congresso Nacional de Trilhas, em setembro, no Caminho Niemeyer. Se todos se hospedassem na cidade não haveria leitos para todos. Há anos, ocorreu um congresso que reuniu mais de 500 pessoas no município. A Enitur, hoje Neltur, teve que fazer um acordo com todos os motéis do entorno de Niterói para acomodar os congressistas. Eles adoraram.