Justiça

Vídeo: "Alarme falso" chama atenção no julgamento de Flordelis em Niterói

Julgamento Flordelis: testemunhas de acusação prestam depoimento nesta terça
Julgamento Flordelis: testemunhas de acusação prestam depoimento nesta terça

O alarme de incêndio do Fórum de Niterói, tocou durante o segundo dia de julgamento de Flordelis. O barulho gerou apreensão entre os que acompanhavam o julgamento e um vídeo logo viralizou nas redes sociais. (Assista abaixo) Entretanto, “o assunto da tarde”, foi alarme falso. É que o alarme do edifício costuma disparar por engano às vezes. O ocorrido foi no horário do almoço, momento em que as pessoas saiam em direção aos elevadores. (Saiba mais sobre o segundo dia de julgamento abaixo)

O segundo dia de julgamento da ex-deputada Flordelis teve início, nesta terça-feira (8/11), com o depoimento do inspetor da Polícia Civil Tiago Vaz de Souza, que participou das investigações sobre o assassinato do pastor Anderson do Carmo. Além de Flordelis, estão sendo julgados a filha biológica dela Simone dos Santos Rodrigues e mais dois filhos adotivos, Marzy Teixeira da Silva e André Luiz de Oliveira, e também a neta, Rayane dos Santos Oliveira, filha adotiva de Simone.

O policial contou que, de acordo com as investigações, o pastor teria enviado mensagens para Carlos Ubiraci, um de seus filhos afetivos que já foi condenado neste processo, afirmando que se sentia ameaçado por Flordelis e outros membros da família. Disse, ainda, que foi possível detectar que o celular de Anderson – que está desaparecido – estava em Niterói e continuou dando sinal até alguns dias depois de sua morte. A tese da polícia é de que o celular tenha sido descartado no mar.

O inspetor reforçou ainda a fala dos delegados que foram ouvidos ontem, de que a família de Flordelis, Anderson e seus 55 filhos era dividida em grupos, onde apenas uma parte possuía privilégios.

Sobre o assassinato, contou que Simone e Marzy chegaram a comentar com membros da família que estavam tentando matar o pastor, colocando veneno em sua comida e contratando pistoleiros que, segundo as investigações, seriam pagos por Flordelis. Quanto ao réu André, mensagens interceptadas pela polícia mostraram que Flordelis pedia sua ajuda para fazer o pastor comer a comida envenenada e que ele teria respondido afirmativamente.

O segundo a depor foi Alexsander Felipe Mendes, que era chamado pela família de Luan, e foi ouvido como informante por causa do parentesco afetivo. Ele deu seu testemunho por videoconferência, pois pediu para não ficar perto dos réus por “já ter feito parte da família e ter sentimentos”. Quanto à Flordelis, ele disse que ela era idolatrada por Anderson e por todos da família, que a consideravam uma profeta.

Alexsander disse que Simone falou para ele que estava envenenando o pai e que ele chegou a comentar com outras pessoas da família que, segundo ele, pareceram não se importar. Disse ainda que Flordelis, depois do crime, chegou a enviar uma advogada para defendê-lo, porém ele recusou.

Terceira testemunha a prestar depoimento nesta terça-feira (8/11), também por videoconferência, Wagner Andrade Pimenta explicou que foi batizado como Misael, aos 12 anos, pela mãe afetiva Flordelis quando foi morar na casa dela no Jacarezinho. Ele acrescentou ainda que Anderson chegou à casa da família como mais um “filho” de Flordelis quando tinha por volta de 14 anos de idade e que ele teve um relacionamento amoroso com Simone, filha biológica da ex-deputada. Algum tempo depois, de acordo com o depoente, quando tinha entre 16 e 17 anos, Anderson começou a namorar Flordelis. De acordo com Wagner, a vítima, em abril de 2019, teria descoberto um plano de integrantes da família para matá-la.

Até o momento, foram ouvidas seis testemunhas arroladas pela acusação: os delegados Bárbara Lomba e Allan Duarte, Regiane Ramos, o inspetor Tiago Vaz e os filhos afetivos de Flordelis Alexsander Mendes e Wagner Pimenta.