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Rodoviários da Ingá definem por paralisação

Foto: Adriano Mivervino
Foto: Adriano Mivervino

Rodoviários do Grupo Ingá decidiram, por ampla maioria, em assembleia nesta terça-feira (9/8), realizar uma paralisação de advertência no dia 9 de setembro, entre 5h e 7h, caso não recebam seus salários até o quinto dia útil do próximo mês, conforme previsto em lei. A empresa estava atrasando a folha de pagamentos e o benefício da cesta básica de seus funcionários, mas colocou os débitos em dia na sexta-feira (5/8).

Foto: Monique Blackman

“O problema é que os atrasos são recorrentes e estavam caminhando para acumular a cada mês. Por isso, os trabalhadores decidiram adotar essa medida, deixando claro que seus direitos têm que ser respeitados”, afirma o presidente do Sindicato dos Rodoviários de Niterói a Arraial do Cabo (Sintronac), Rubens dos Santos Oliveira.

O Sintronac enviará oficialmente a decisão da assembleia ainda esta semana para o grupo de empresas, ao sindicato patronal (Setrerj), à Justiça do Trabalho, ao Ministério Público do Trabalho (MPT), às autoridades de Segurança Pública e à Prefeitura de Niterói, além de emitir um comunicado à população, de acordo com a Lei de Greve (Lei nº 7.783/89).

A crise econômica do grupo, que compreende as viações Ingá, Rosana e Peixoto, foi debatida durante a assembleia, realizada em dois turnos na sede administrativa do Sintronac, em Niterói. Os executivos das três empresas reclamam da queda acentuada no número de passageiros durante a pandemia, da escalada de preços do óleo diesel e de um atraso no repasse da gratuidade de passagens, por parte do poder público.

“No entanto, não são os rodoviários que têm que pagar essa conta, pois eles já deram sua cota de sacrifício durante a pandemia. Foram quase 500 demissões no grupo Ingá desde 2020”, revela Rubens Oliveira.