Economia

Encontro da CGM de Niterói discute riscos financeiros

Encontro da CGM de Niterói discute riscos financeiros

A terceira edição da série “Gestão de riscos para a boa governança”, que pertence ao projeto Café Legal Virtual organizado pela Controladoria Geral do Município de Niterói (CGMNiterói), ocorreu na tarde dessa terça-feira (29) e abordou o tema “Riscos Financeiros”. A controladora-geral de Niterói, Cristiane Mara Marcelino, conversou on line com Suzana Amaral, especialista sênior em gerenciamento financeiro da prática global de governança do Banco Mundial. O objetivo do encontro foi promover debates e sensibilizar gestores e servidores públicos a trocar experiências relacionadas à exemplos práticos e temas específicos do cotidiano da administração pública.

Cristiane Mara Marcelino explicou que a ideia é demonstrar que a CGMNiterói incorpora o gerenciamento de riscos nas práticas diárias, de forma a melhorar o ambiente de controle, já que, em Niterói, a atividade de controle faz parte de um sistema e está espraiada por toda a administração. “Em Niterói temos uma abordagem preventiva e estou inclusive, investindo nesta questão de gerenciamento de riscos. Em 2019 criamos requisitos mínimos a serem cumpridos pelo gestor, em todo processo de licitação, dispensa ou pregão que tramita dentro da prefeitura”, destacou Cristiane.

Suzana Amaral lembrou que o risco financeiro tem um impacto global e que, por conta disso, deve ter uma mitigação imediata, mas também de longo prazo. “Todos têm responsabilidades nesta questão dos riscos, seja na identificação, mitigação ou na causa. Um contrato quando não está em rigor não é legível para ser financiado. O risco de não atingir os requisitos legais das instituições de controle geram um risco financeiro, gerado pela falta de observação de um ajuste”, argumentou Suzana.

Especialista sênior em gerenciamento financeiro, ela salientou ainda, que, é necessário sair da visão tradicional e ter uma compreensão holística da mitigação de risco, usando o controle interno para limitar a exposição ao problema. “É necessário otimizar o portfólio de risco. Na hora que você tem uma gestão integrada desses riscos, para entender, comunicar e mitigar de um modo que seja proativo, você consegue otimizar o retorno das políticas públicas e ter um portfólio para maximizar suas oportunidades. No próprio Banco Mundial, se um contrato não está em vigor, ele não é legível para ser financiado. Os riscos são mutáveis e no setor público estamos sempre tratando ainda de riscos variáveis”, destacou.

Desde 2019, o Banco Mundial está auxiliando no desenvolvimento de um projeto de Diagnóstico Nacional do Controle Interno para o desenvolvimento dos órgãos de Controle Interno no Brasil. Esta iniciativa prevê a construção de um mapa do Controle Interno do país, e levantamento de possíveis fatores sociais, políticos e econômicos associados ao sucesso ou ao fracasso na efetividade dos órgãos de Controle Interno.

O “Projeto Café Legal Virtual” acontece quinzenalmente no canal da CGMNiterói, no Youtube. Esta última edição pode ser vista abaixo.