Polícia

Polícia realiza em Niterói operação contra quadrilha que aplicava golpe do empréstimo consignado

76ª DP

Policiais civis da 76ª DP (Niterói) deflagram, nesta segunda-feira (07/03), a operação Stop Loss contra uma quadrilha de estelionatários que aplicavam o golpe do empréstimo consignado em aposentados e servidores públicos. Ao todo, sete mandados de prisão e cinco de busca e apreensão devem ser cumpridos. Cinco pessoas já foram capturadas. Em Piratininga, na Região Oceânica de Niterói, os policiais prenderam os chefes da quadrilha.

Segundo as investigações, os golpistas abriam empresas em nome próprio ou de “laranjas” e atraíam clientes oferecendo retornos vantajosos em investimentos no mercado financeiro. Os recursos eram obtidos por meio de empréstimos consignados contraídos pelas vítimas com a orientação dos criminosos.

 

Após os empréstimos, as vítimas ficavam com 10% do valor e transferiam 90% para contas bancárias indicadas pela empresa. Para dar aparência de legalidade, as firmas emitiam um contrato de cessão de crédito e investimento em que se encarregavam de fazer as supostas operações no mercado financeiro para pagar todas as parcelas dos consignados.

Como as operações financeiras prometidas pela empresa eram inexistentes, após o pagamento das primeiras parcelas, os estelionatários fechavam as portas das firmas e desapareciam com o dinheiro, deixando as dívidas dos empréstimos para as vítimas.

Os agentes da 76ª DP descobriram que por trás de três empresas usadas para praticar os golpes estavam pai e filho. A ficha criminal de cada um possui cerca de 20 anotações por estelionato, organização criminosa, crimes contra o sistema financeiro nacional e lavagem de dinheiro. Apesar do histórico, eles nunca haviam sido presos.

Um fato que surpreendeu os investigadores é que uma das empresas que fechou as portas, em setembro de 2021, tinha como sócia-administradora uma idosa, de 80 anos, acometida por um quadro de demência grave. Ela é tia de outro envolvido no esquema criminoso, que tirou proveito do estado de saúde da mulher para usá-la como “laranja” da firma.

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